quinta-feira, 21 de junho de 2012

O QUE DIRIA TALVEZ UM JOVEM 'THUG' CABO-VERDIANO!



Thugs need hugs - Thugs precisam de abraços!

O QUE DIRIA TALVEZ UM JOVEM ‘THUG’ CABO - VERDIANO!


Eis aqui um instantâneo imaginário do que um jovem ‘thug’ cabo-verdiano (chamemos-lhe Jay C. Matxikadu) possivelmente diria em uma entrevista tendo em conta o atual contexto conturbado da nossa sociedade (e em particular da nossa juventude).

Por Nataniel Semedo da Silva

N - Tudo bem jovem? ‘Campeon’?

JCM - Ops (Stop)!Começa aí o vosso erro!Em vez de me perguntares se já comi hoje, com um hipócrita toque no ombro me “ofereces” um “tudo bem?”

N - Peço desculpas, por isto!Mas e então, já comestes alguma coisa hoje?

JCM - Devo dizer-te que esta pergunta vai ficar sem resposta, visto que isto não é o que realmente te preocupa. A vontade que tenho é de terminar por aqui esta entrevista. Saiba que posso terminá-la a qualquer momento caso não houver sabedoria da tua parte. Right (certo)? Hoje em particular estou pissed (‘xatiadu si’).

N - Tudo bem... vou fazer o meu melhor, podes crer!

JCM - Combinado, então?

N - Combinado. Podemos continuar?

JCM - Yah dude!(sim rapaz)!

N - Primeiramente e em poucas palavras, quem é Jay C Matxikadu?

JCM - Eu cresci sem saber quem era o meu pai. Ele viajou para a Europa quando a minha mãe se engravidou dele. Ele nunca mais voltou acabando por morrer ali. Foi um parente distante quem ‘criou-me’. Esta pessoa me maltratava muito e ainda cheguei a passar fome!

N - Fostes vítima, portanto, de abandono e violência!

JCM - Yah... desde criança!Na adolescência eu era marginalizado na turma por uma professora de inglês que era casada com um militar e pelas meninas ‘copinho de leite’ filhas de ‘brancos’. Eu era uma espécie de “patinho feio”, por isso também sofri muito com aquilo que se chama bullying (‘txakota’) em inglês. Aos dezassete anos uma tia que vivia no estrangeiro ‘mandou buscar-me’. Com vinte e cinco anos de idade, por causa de envolvimento com drugs (drogas) (não matei ninguém!) fui retornado para Cabo Verde. Confesso que prefiro estar na cadeia lá naquele país estrangeiro do que surviving (vegetando) por aqui nestas ilhas. Shit(P***)!

N - Falando em violência, consideras a sociedade cabo-verdiana violenta, ou que os cabo-verdianos são violentos?


JCM - Hey man, nem uma coisa nem outra. Violentos são os políticos da praça... violenta é a Eletra, violentos são as autoridades.Hoje, na sociedade cabo-verdiana a violência é apenas uma conseqüência do desenvolvimento ‘mancu’ e ‘cololu’ deste que eu considero ainda um projeto de nação.Eu mesmo sou um produto explosivo com alta voltagem, um ‘Cocktel Molotov’ e um perigoso sniper (atirador) que fabrica e se diverte com um ‘bóka bedju crioulo’.Shit(P**** )!

N - Cabo Verde não é então uma “Nação Vencedora” como diz o governo!?

JCM - Bullshit (tretas)!

N -Tu assumes mesmo como um ‘thug’?

JCM - Wow ‘sócio’, assumir é favor!Isto é mais do que ser militante. É um estado de espírito e estilo de vida, ‘bu sta ódja’?Nós somos os gafanhotos do deserto, os devoradores da papoila amarga da estiagem. Pensamos com o estômago , bebemos em seco do gargalo do garrafão e ‘korkotimos’ a ‘kokorota básica’!

N - Na Cidade da Praia, em particular há muita rivalidade entre grupos de ‘thugs’. Porque se matam entre si?

JCM - Na televisão aparecem muitas pessoas ‘armadas’ em inteligentes tentando explicar isto, entretanto ‘kuzas é txeu’. Este debate tem que continuar e tem que ser sério!

N - Falas com muita clarividência!

JCM - Se isto que me dizes não for uma bajulação eu aceito. Vocês acham que são do “bem” e nós do “mal”. Fazem muita propaganda das nossas acções. Isto também subiu-nos á cabeça e no brio, por isso, somos atualmente os maiores atores no teatro da sociedade cabo-verdiana e sua democracia bárbara. Somos uns stingers (aqueles que golpeiam e ferem) ferozes e mortíferos. Acham que somos todos burros e selvagens, pessoas sem escola... e hoje nós “fazemos escola”.Eu, por exemplo, leio muito.Sou autodidata.Se quiseres saber, já li “A Arte da Guerra”, “A Fundação” e também Maquiavel e Stalin para poder entender as atitudes dos sucessivos desgovernos deste país.Ah também sei falar inglês. Do you know (sabes)?Sou um ser galáctico, um alien (alienígena), um crime partner (parceiro do crime). Right (certo)?

N - Que dizes dos últimos acontecimentos em Vila Nova na Cidade da Praia onde se falou muito da acção dos thugs?

JCM - O que aconteceu em Vila Nova é apenas um exemplo do que pode vir a alastrar pela cidade caso continuarem a nos subestimar. Somos capazes de uma “Prainha radioativa” ou de uma “Cidadela side efect” bem sujinha caso não se ponham a pau (risos)! Vossa sorte é que as células ‘thugs’ são desunidas agindo a regabofe sem um comando central like (semelhante ao) PCC brasileiro.

N - A vossa revolta também pode ser vista como uma profunda frustração e pessimismo com relação ao futuro imediato?

JCM - Afirmativo!Cansamos de tudo (suspiros), sabes?Somos o início (talvez até um pouco tardio) de uma nova espécie made in cape verde. Sentimo-nos estrangeiros na nossa pátria. A sitiada Cidade da Praia, com a excepção de algumas “bolsas de riqueza” é uma gigantesca shanty town (favela) e esta a transformar-se num tabuleiro de barganha suja no Atlântico. Eu e os outros ‘thugs’ somos transformers (‘mutantes’) que timidamente atuavam nas brechas como pequenos seres sub-reptícios e hoje campeamos como monstros sem controle!

N - Há uma solução, pois não!?

JCM - O que é solução?Vocês cortam-nos a catxupa e o sonho!A idéia de solução tornou-se confusa como é, também, introduzir uma pergunta com “o quê...” aos israelitas ou palestinianos. Entendes?Estamos numa encruzilhada, pois andam a tramar o nosso país. Dizem que somos uma das causas do mal estar, mas eu diria que somos o efeito!Afinal não sou um dummy (estúpido!) como alguns podem pensar. Outra. Não somos verdadeiramente africanos muito menos somos europeus. Este é outro drama. Nós somos atlânticos!Certas organizações religiosas poderiam desempenhar outro papel, mas elas estão dormindo assistindo ao pesadelo. Muitas delas se tornaram em organizações corporativas deixando de causar um impacto positivo. Muitos dos seus líderes simplesmente perderam a visão como os cavalos que trabalham nas minas escuras. Os laços de família somem na bruma seca enquanto o materialismo e o individualismo reinam campeões!

N -Vocês estão desafiando as instituições do Estado tentando colocar a nu as suas fragilidades?

JCM - Do vosso lado do “bem” a incompetência e a imoralidade reinam. Há um enorme vazio de poder e liderança. Daqui a nada seremos o Poder e o vosso “estado de direito” (?) o poder paralelo (no máximo)!

N - Poderias citar, ao menos, dois ou três exemplos de referência?Pessoas com poder de influência na nossa sociedade que poderiam servir de modelo e serem agentes de mudança?

JCM - Se quiseres mesmo saber, não vejo ninguém, por incrível que pareça. Hoje em Cabo Verde existem grandes esquemas e sistemas, grandes mafiosos, corporativismo político, nepotismo, agências políticas de emprego, ‘caçus bódi’ por parte das autoridades ao povo simples’. Como te disse eu leio e estudo. Sei muito bem o que estou te dizendo, ok?

N - Para finalizar, e se me permites, façamos um exercício. Eu cito uma letra e me dizes o que te vem á mente, certo?

JCM - Let’s go (vamos)!

N - Letra A...

JCM - Al Qaeda.

N - Letra B...

JCM - Barbidjaca (risos).

N - Letra C...

JCM - Cutumbembém (gargalhadas)!

N - Muito obrigado!

JCM - No thanks (não tem de quê)!


quarta-feira, 20 de junho de 2012

FRANCÊS NA PONTA DA LÍNGUA / AULA NÚMERO 3

                                                    AFROBRAZ IDIOMAS

“UM ESPAÇO SEM FRONTEIRAS LIGANDO

A ÁFRICA E O BRASIL AO MUNDO”

Professeur Nataniel Semedo da Silva, Cap –Vert / Afrique

“Tant que les lions ont leurs histoires, les contes de la chasse sera toujours de glorifier le chasseur." Proverbe africain.”
“Un œil sur le poisson et l'autre chez le chat” proverbe bresilien

“Um dia de hoje equivale a dois de amanhã; o que serei, já estou me tornando agora” Benjamin Franklin

"Un jour est équivalent à deux demain, ce sera, depuis que je suis en train de devenir"

L’EXPRESSION DE LA NÉGATION
*Une petite conversation entre deux amis:

DIALOGUE
- Est-ce que tu as déjà lu le dernier album de Marsupilami?

- Marsupilami?! C'est quoi ça??! Je ne connais pas!

- Ce n'est pas vrai! Tu ne sais pas de qui je parle?

- Absolument pas! C'est un héros de science-fiction?

- Non. Pas du tout! Il s'agit d'un personnage assez étrange de-----------bande dessinée créé par Franquin, un auteur belge. Un drôle------- d'animal, à vrai dire!

- C'est une BD assez récente, alors?

- Mais non, elle n'est pas récente.

- Alors, elle ne doit pas être intéressante.

- Ça, ce n'est pas vrai, car elle se fonde sur un humour qui est----------intemporel.

1. A negação simples 2. As negações reforçada e atenuada 3. As outras expressões de negação


4. A utilização conjunta das várias expressões de negação


1. A negação simples
Atente nas seguintes frases do texto: "Je ne connais pas!" / " Ce n'est pas vrai!" / "Elle n'est pas récente."
Estas frases encontram-se na forma negativa. Para exprimir a negação, foi utilizada a expressão ne...pas

Frase afirmativa >> Je connais! Frase negativa >> Je ne connais pas!

------------------------------- C'est vrai! ------------------------------------------ Ce n'est pas vrai!

*REGRA: Para passar uma frase da forma afirmativa para a forma negativa, tratando-se de uma negação simples da ideia expressa pelo verbo, basta acrescentar a expressão NE... PAS à frase.

*Atente ainda nestas frases: Je ne vais pas au café. / Je ne suis pas allé au café.

No primeiro caso, o verbo encontra-se no presente do indicativo, um tempo verbal simples (uma só forma verbal).

No segundo caso, trata-se de um tempo composto (constituído por dois verbos: o auxiliar e o principal).

Repare na posição das partículas NE e PAS nas frases.

*REGRA: Sempre que um verbo se encontra num tempo simples, é colocado entre NE e PAS. Quando o verbo se encontra conjugado num tempo composto, utiliza-se NE antes da primeira forma verbal (o auxiliar) e PAS antes da segunda forma verbal (verbo principal).

*NOTA: A expressão NE... PAS corresponde ao advérbio de negação NÃO em língua portuguesa.

---------- EX: Eu não como pizzas. >> Je ne mange pas de pizzas.

2. As negações reforçada e atenuada

Podemos recorrer a outras expressões para reforçar a negação ou, pelo contrário, atenuá-la. Veja os exemplos:

EX: Je n'aime point ce livre! (= Eu não gosto mesmo nada deste livro!) >> negação reforçada

----- Je n'aime guère ça! (= Gosto muito pouco disso! / Não gosto quase nada disso!)>> negação atenuada

*REGRA: Para reforçar a negação, utilizam-se as seguintes expressões (em vez de NE... PAS):

------------ ne... point / ne... pas du tout / ne... vraiment pas

------------ Para atenuar a negação, emprega-se a expressão ne... guère (em vez de NE... PAS)

3. As outras expressões de negação

3.1. Negação temporal

À semelhança do português, existem em francês expressões de negação relacionadas com a ideia de TEMPO.


Repare nos exemplos que se seguem:

- As-tu déjà lu les albums de Tintin? (já) >> -Non, je n'ai pas encore lu ces albums-là. (ainda não)

- Êtes-vous encore mariée? (ainda) >> - Non, je ne suis plus mariée. (já não)

- Avez-vous toujours peur de parler? (sempre) >> -Non, je n'ai jamais peur de parler. (nunca / jamais)

3.2. Negação espacial

Para negar a ideia de espaço / lugar, utiliza-se em francês a expressão NE... NULLE PART (= nenhum lugar, lado nenhum, parte alguma, nenhures).

EX: - Où vas-tu? >> - Je ne vais nulle part ! (Não vou a lado nenhum!)

----- - Est-ce que tu sais où est mon livre de français?

----- - Je crois que ton livre est sur l'étagère.

----- - Non, il n'est pas là! Je ne le trouve nulle part !...

3.3. Negação de objectos, seres e ideias


Como acontece em português, existem na língua francesa algumas expressões que são utilizadas para exprimir a negação quanto a seres, objectos ou ideias. Vejamos alguns exemplos:

EX: ne... personne / personne... ne // nul... ne / ne... nul

----- - Est-ce que tu connais quelqu'un? (alguém) >> - Non, je ne connais personne. (ninguém)

----- - Tout le monde est présent? (toda a gente) >> - Non, personne n'est présent.

----- - Les gens s'intéressent à ce problème. (as pessoas) >> Nul ne s'intéresse à ce problème. (ninguém)

----- pas un seul... / pas une seule... (+ nom)

----- Pas un seul élève n'a fini la fiche de contrôle. (Nem um ... sequer / Nem um único / Não houve um único)

----- Pas une seule revue ne mentionnait l'incident. (Não houve uma só / Nem uma... sequer / Nem uma única)

----- aucun(e) / nul(le)... ne // ne... aucun(e) / nul(le)

----- - Tous les jeunes aiment l'autoritarisme. (todos) >> Aucun jeune n'aime l'autoritarisme. (nenhum)

----- - Tout homme est libre. (todo / cada) >> Nul homme n'est libre. (nenhum)

----- - Chacune de ces femmes est respectée. (cada uma) >> Aucune de ces femmes n'est respectée.

----- - Nous soutenons plusieurs de ces idées. (várias) >> Nous ne soutenons aucune de ces idées. (nenhuma)

----- - Il faut respecter tout être humain. (todo) >> Il ne faut respecter aucun être humain. (nenhum)

----- ne... rien / rien... ne

----- - Quelque chose te plaît? (alguma coisa, algo) >> - Non, rien ne me plaît. (nada = nenhuma coisa)

----- - Est-ce que tu as tout vu? (tudo) >> - Non, je n'ai rien vu.

*N.B.: Repare que há uma palavra que se repete em todas estas expressões: trata-se do advérbio de negação NE. Repare ainda que a partícula NE vem sempre junto ao verbo (imediatamente antes deste), enquanto que o outro elemento da negação é colocado no início da frase ou após o verbo, de acordo com a função que desempenha na frase (início = sujeito; após o verbo = complemento).

3.4. Responder na forma negativa

----- (nom / pronom personnel tonique +) ... non plus

---- - Je n'ai pas aimé ce film, et Andrée non plus. (a Andreia também não).

------ Je ne crois pas aux martiens. Et toi? >> - Moi non plus. (eu também não)

Como pode ver, nesta expressão não se utiliza a partícula NE. Além disso, esta expressão pode ser utilizada tanto numa resposta como em qualquer outro tipo de frase, desde que esta se encontre na forma negativa, com o sentido de TAMBÉM NÃO (exclusão).

A expressão mais usual para responder ou introduzir uma frase na forma negativa é NON. Sempre que se quiser reforçar a negativa, pode usar-se a expressão MAIS NON. Outras expressões alternativas são NULLEMENT, PAS DU TOUT, ABSOLUMENT PAS.

Ex: - Est-ce que tu veux venir avec nous au cinéma, Julie? On va voir le dernier film de Kassovitz.

----- - Absolument pas! Je n'aime pas ses films! Ils sont trop morbides et violents.

*N.B.: Sempre que se quiser responder afirmativamente a uma pergunta formulada na negativa, deve empregar-se --------a expressão MAIS SI (em vez de OUI).

-----EEx: - Vous n'aimez pas les films de Kassovitz, n'est-ce pas?

-------------- Mais si, j'aime bien les films de Kassovitz! Ils sont tellement intéressants et portent sur des sujets -----E-----------d'actualité, comme le film La Haine.

4. Utilização conjunta das várias expressões de negação

À semelhança do que sucede em Português, também em Francês podem ser utilizadas numa mesma frase várias expressões de negação (desde que se refiram a diferentes géneros de negações). A única expressão que não pode ser combinada com as restantes é NE... PAS.

Ex: Je ne lirai plus jamais les magazines à scandale! Aucun article ne dit jamais la vérité!

----- Personne ne m'a rien dit. On ne m'a pas encore donné aucune information à ce sujet.

Obs*Atente na seguinte regra: quando se utilizam várias expressões de negação combinadas numa mesma frase, apenas se pode empregar uma vez a partícula de negação NE (como sucede nas frases acima transcritas).


"Si vous construisez une maison et un clou se casse, vous arrêtez la construction, ou vous changez le clou?" Proverbe africain

“Se você está construindo uma casa e um prego quebra, você deixa de construir, ou você muda o prego?” Provérbio africano







































sábado, 16 de junho de 2012

A VOZ AO POVO / ENTREVISTA I

       A VOZ AO POVO I

*Extremamente preocupados com o estado atual da nossa juventude desta feita entrevistamos o popular Charles que voltou a Cabo Verde depois de muitos anos vivendo na Europa.

Entrevista conduzida por Nataniel Semedo Da Silva.

N - Então Charles, como vês a situação da juventude cabo-verdiana atual?

C - Caótica. Infernal... caos ...fim do mundo!

N - O que achas da propaganda do governo atual: “Cabo Verde, Nação Vencedora”?

C - Publicidade enganosa. Uma fraude... incompetência do governo...uma avalanche...uma autêntica mentira...tretas!

N - Qual é a sua opinião sobre o fenómeno “Thugs” em Cabo Verde?

C - É uma realidade do nosso dia a dia... É uma criação do Governo. É uma criação governamental para provocar medo e ao mesmo tempo uma forma de angariar financiamento.

N - Como vês Cabo Verde em face à globalização?


C - Cabo Verde é neutro.

N - Como assim?

C – Aqui um chinês paga aos seus empregados cabo-verdianos entre seis a oito mil escudos mensais e com injúria e porrada!

N - Como vês as lideranças de um modo geral em Cabo Verde?

C – Abaixo dos animais (irracionais) .Tanto as lideranças seculares como religiosas estão diabólicas.

N - Achas que há uma solução para isto tudo?

C - Não!Só Jesus... a volta de Jesus!

N - O que fazer diante deste quadro, então?

C - Asilo político. Estou aqui no meu país contra a minha vontade!

N - Existe Estado em Cabo Verde?

C - Qual Estado... existem devoradores!

N - Há futuro para Cabo Verde?

C - Não. Não há futuro a não ser para quem exerce liderança!













sexta-feira, 25 de maio de 2012

MEU ELOGIO AO TRABALHO!

Nataniel Semedo Da Silva

  

“(...) Em fadigas obterás dela o sustento durante os dias da tua vida” Génesis 3: 17 b


“A recompensa - terra para lavrar, água para irrigar, tâmaras para colher e pastos para a criação - fixou o homem à terra” Pinsky, 1994


Comecemos pelo princípio de tudo, in illo tempore, quando um Hinário da humanidade chamado Salmos dissertou sobre o Trabalho como sendo os Elevados Atos de Deus. Se fosse possível pessoalizar oTrabalho, de forma simbólica, poética e metafórica lho descreveria, mais ou menos assim: “Certo senhor de mãos calejadas e fortes parecendo uma tenaz rompera-se de súbido do meio das incidências do tempo caminhando por uma campina verdejante transpirando potes depois de um dia de labor abnegado. Seus trajes campesinos e seu cajado reluzente evidenciavam, também, um pastor dedicado e bem sucedido. Quando não se ocupava construindo tendas para aumentar o seu erário ia pescar rio abaixo ou construía fornos solicitados pelos padeiros da vizinhança. Este senhor multi tarefas, entretanto, possuía inúmeros outros dons que faziam dele um óptimo partido para as mulheres que por ele morriam de amores na medida em que o engenho da sua mente e suas mãos industriosas constituíam uma “fonte inesgotável de riquezas”.Passaram-se anos e mais anos e este milenar senhor continuava laborioso como sempre!


O Trabalho falando de si, talvez se apresentasse assim: “Nosso nome é trabalho. Somos a energia que gira gira gira como uma roda e nunca pára.Isto nos traz para o aqui e para o agora, para o concreto de lugares ora inóspitos ora com o frescor dos vales verdejantes, ambos, carregados de transpiração e também de inspiração.Somos a Força, o Mutualismo, o Poder, a Eficiência e a Eficácia.Somos o Labor, a Labuta, o Cansaço ... a Refrega eterna lavada de suor que a busca incessante do ganha pão envolve. Entre muitos e muitos outros somos também pedreiro, agricultor, ferreiro, músico, artesão, ourives, poeta... bem!Somos simplesmente o eternamente jovem-senhor Trabalho.


Conta a Bíblia que certa vez determinado “senhor Intrusão”, também chamado Pecado, sugerido e persuadido por uma Serpente astuta e letal... este senhor Intrusão, dizia, um marginal suicida e homicida sem jamais ter sido convidado para a “festa do Éden” lá conseguiu adentrar o Jardim da Pureza e da Perfeição.Daquele dia em diante e por causa da desobediência daqueles que não deviam desobedecer, o “senhor Intrusão”, ladrão, mentiroso e usurpador mor fez com que muita coisa fosse alterada.O que parece estranho em tudo isto é que o próprio Deus permitiu que o tal Intrusão desvirtuasse aquele Majestoso Jardim.Então ao homem, Deus sentenciou: “Em fadigas obterás da terra o sustento durante os dias da tua vida”.


Escutemos! O Trabalho é benção e nunca maldição. Procedeu de Deus (com uma certa ironia!) nascendo com a Sua permissão como se depreende e como apraz verdadeira e realmente!Estas linhas seriam o meu humilde elogio ao senhor cavalheiro da estirpe dos campeões que transporta consigo um manto de dignidade. Chovendo e ventando enquanto se ouve o preguiçoso cântico das cigarras contrastando com a refrega incessante das formigas de sol a sol agiganta-se e evidencia-se, naturalmente, um senhor com a insígnia de vitória. Seu nome é Trabalho!







*NESTE DIA DA ÁFRICA VAI A MINHA HOMENAGEM.



*NESTE MEU POEMA "ZEBRA" SIMBOLIZA A ÁFRICA
                                 
                                   ZEBRA

Corre Zebra, corre que há fogo cruzado e balas perdidas.

Corre Zebra pujante que há muitas minas escondidas.

Corre sem parar e leva contigo a África do Sul e o Sudão.

Correra sem parar desde Timbuktu fugindo aos predadores.


Vai Zebra, vai que há para ti um lugar no prado.

Vai Zebra de pelagem ás riscas a galope de brado.

Vai sem parar e leva contigo a Etiópia e a Eritreia.

Viera riscando a selva com uma bandeira de xadrez.


Corre menino de Elmina, corre e chega à escola.

Corre menino da Várzea, corre e leva a tua sacola.

Corre sem parar desde Djibouti no lado oriental.

Correra sem parar trazendo mensagens de Zanzibar.


Zarpou a Zebra vencendo Kalashnicovs e toda argola.

Zarpou a Zebra levando na vontade toda Angola.

Zarpou a Zebra levando uma bandeira verde.

Zarpara levando na alegria todo Cabo Verde.


Vai menino de Aksum, vai que há para ti um lugar ao Sol.

Vai mulher do Sul, vai que Calaari e Kilimanjaro são seus.

Vai sem parar oh filho do belo “José” tecelão e sáfaro.

Viera a Zebra trazendo ás costas todo Zimbábue.


A Zebra percorreu o Ghana com toda gana vindo da Núbia.

Chegara do Madagascar e chegou à Mauritânia seguindo pra Líbia.

E a Zebra zarpou do Kênia com as bênçãos do grande Jabal.

Zarpou e chegou à Guiné-Bissau acenando Comores do outro lado.

Zarpara veloz do Rwanda vencendo mil colinas de neve vermelha.


Corre Zebra, corre portentoso desde o Cabo da Boa Esperança.

Corre Zebra, corre vigoroso e leva contigo toda a Argélia.

Corre levando contigo a bandeira verde da esperança.

Corre levando contigo a Namíbia e chega à Tunísia.

Correra de Serengeti provocando ilusão de óptica nas hienas.


A Zebra correra todo o Sahara...e tinha vindo do Lago Vitória.

Correu e chegou à Somália fugindo a estranhos “Ninrodes”.

A Zebra zarpara da Suazilândia, Seichelles, Maurícias e Reunião.

Zarpou e chegou ao Egipto do ex governador Zafenate-Paneia.

A Zebra correra ouvindo canhões ferozes e doces músicas de banza.


Correu, saltou, cortou a meta e parou pra rever o prado e a Casa.

A Zebra parou e viu ouro; zebrou e na real unidade celebrou.

A Zebra parou e viu diamante; ziguezagueou e na vitória jubilou.

A Zebra parou e viu petróleo; rodopiou e em danças se encantou.

A Zebra da alegria chamou o mundo todo pra festa de arromba.


(...) Sonhei que na Casa da Zebra calaram-se os trovões da guerra.

Na Casa da Zebra onde se desencontraram os rios da concórdia.

Na Casa da Zebra onde se ergueram os ídolos da discórdia.

No prado da Zebra onde do bolso africano tanto roubaram.

No prado da Zebra onde os manos na ira se desentenderam.


(...) Sonhei que na Casa da Zebra todos celebravam a paz.

E a mamã África acordou, renasceu e abraçou o globo.

E a mamã África já não trazia as manchas vermelhas.

As cores da África eram o branco da paz e o azul do perdão.

A grande Zebra surprendeu e renasceu com ela toda a África.

                  NATANIEL SEMEDO DA SILVA





HOJE É DIA DA AFRICA.VAI ESTA BELÍSSIMA MÚSICA de Toto Colugno - Africa



Africa / Toto Colugno

I hear the drums echoing tonight
But she hears only whispers of some quiet conversation
She's coming in 12:30 flight

The moonlit wings reflect the stars that guide me towards salvation


I stopped an old man along the way

Hoping to find some long forgotten words or ancient melodies

He turned to me as if to say

"Hurry boy, it's waiting there for you"


It's gonna take a lot to drag me away from you

There's nothing that a hundred men or more could ever do

I bless the rains down in Africa

Gonna take some time to do the things we never had

Oooh


The wild dogs cry out in the night

As they grow restless longing for some solitary company

I know that I must do what's right

As sure as Kilimanjaro rises like Olympus above the Serengetti

I seek to cure what's deep inside

Frightened of this thing that I've become


It's gonna take a lot to drag me away from you

There's nothing that a hundred men or more could ever do

I bless the rains down in Africa

Gonna take some time to do the things we never had

Oooh

Hurry boy, she's waiting there for you

It's gonna take a lot to drag me away from you

There's nothing that a hundred men or more could ever do

I bless the rains down in Africa

I bless the rains down in Africa

I bless the rains down in Africa

I bless the rains down in Africa

I bless the rains down in Africa

Gonna take some time to do the things we never had

Oooh

TRADUÇÃO

Eu ouço os tambores ecoando esta noite

Mas ela ouve somente murmúrios de alguma conversa quieta

Ela está chegando no vôo das 12h30

O luar nas asas reflete as estrelas que me levam à salvação


Parei um senhor no caminho

Esperando encontrar palavras esquecidas ou antigas melodias

Ele virou-se para mim como se fosse dizer

"Depressa, rapaz, ela está aguardando lá por você!"


Vai ser preciso muito para me arrastar para longe de você

Não há nada que cem homens ou mais poderiam fazer

Eu abençôo as chuvas na África

Vai levar um tempo para fazermos as coisas que nunca fizemos

Uuuhh

Os cães selvagens uivam na noite

Ficam cada vez mais impacientes, querendo um companhia solitária

Eu sei que devo fazer o que é correto

Como o Kilimanjaro eleva-se como o Olimpo acima do Serengetti

Eu tento curar o que está bem no fundo

Assustado com esta coisa que me tornei


Vai ser preciso muito para me arrastar para longe de você

Não há nada que cem homens ou mais poderiam fazer

Eu abençôo as chuvas na África

Vai levar um tempo para fazermos as coisas que nunca fizemos

Uuuhh

"Depressa, rapaz, ela está aguardando lá por você !"

Vai ser preciso muito para me arrastar para longe de você

Não há nada que cem homens ou mais poderiam fazer

Eu abençôo as chuvas na África

Eu abençôo as chuvas na África

Eu abençôo as chuvas na África

Eu abençôo as chuvas na África

Eu abençôo as chuvas na África

Vai levar um tempo para fazermos as coisas que nunca fizemos

Uuuhh
By Cristiano Bohessef









 

sábado, 28 de abril de 2012

FRANCÊS NA PONTA DA LÍNGUA / LIÇÃO 2

Professor free lance de Inglês e Francês

                               AFROBRAZ IDIOMAS


“UM ESPAÇO SEM FRONTEIRAS LIGANDO O BRASIL E O MUNDO”

Professeur Nataniel Semedo da Silva, Cap –Vert / Afrique

« Au commencement, Dieu créa les cieux et la terre. 2 Or, la terre était informe et vide, l'obscurité était sur la surface de l'abîme, et l'Esprit de Dieu planait sur les eaux » Genése Chapitre 1 Versets 1 et 2

Os Verbos da língua francesa

*Conjugação

Os Verbos franceses são conjugados pela adição de desinências (sufixos que indicam a conjugação do verbo) aos radicais (o núcleo do verbo). Na primeira e na segunda conjugações, o radical é facilmente identificável a partir do infinitivo e permanece essencialmente constante ao longo do paradigma. Por exemplo, o radical de parler ("falar") é parl- e o radical de finir ("finalizar") é fin-. No terceiro grupo, a relação entre a forma infinitiva e o radical é menos consistente e vários radicais diferentes são precisos para se produzir todas as formas do paradigma. Por exemplo, o verbo boire ("beber") tem os radicais boi-, boiv-, bu- e buv-.

A desinência (terminação) depende do modo, do tempo e da voz do verbo, assim como da pessoa e do número do sujeito. Toda conjugação exibe um certo grau de sincretismo, na qual a mesma forma (homófona e também possivelmente homógrafa) é usada para distintas combinações de feições gramaticais. Isso mais se percebe com os verbos -er. Por exemplo, a forma conjugada parle pode ser a 1ª ou a 3ª pessoa do singular do presente do indicativo.

* Classificação

A não ser por être e avoir, considerados como categorias em si próprios, verbos franceses são tradicionalmente]agrupados em três conjugações (grupos):

• A primeira classe consiste de todos os verbos com infinitivos terminados em -er, exceto pelo verbo irregular aller e os verbos irregulares envoyer e renvoyer; os verbos desta conjugação, os quais juntos constituem a grande maioria dos verbos franceses, são todos conjugados similarmente, embora haja algumas subclasses com pequenas diferenças devido a considerações ortográficas e fonológicas.

• A segunda classe consiste de todos os verbos com infinitivo em -ir ou em -ïr e particípio presente em -issant ou em -ïssant, assim como o verbo maudire. Há cerca de mais de 300 desses verbos, todos conjugados identicamente, com algumas pequenas exceções. O -iss- ou o -ïss- visível em boa parte da conjugação deles é um reflexo do infixo incoativo -isc-/-esc- do Latim, mas nada retém de sua semântica aspectual.

• A terceira classe consiste de todos os outros verbos: aller, (r)envoyer, alguns verbos em -ir, todos os verbos em -oir e todos os verbos em -re. Embora ela contenha alguns dos verbos mais comuns, essa classe é bem menor comparada às outras duas. Pertencer a essa classe não implica ter uma mesma norma de conjugação. Nessa classe simplesmente foram ajuntados todos os verbos que não se encaixavam nas outras duas, exceto por être e avoir que são casos a parte. Há cerca de 370 verbos nesse grupo, dos quais apenas um número bem menor continua em uso frequente.

@ Obs. O francês tem três grupos de verbos regulares que terminam em –er (parler, falar), -ir (finir, terminar) e –re (vendre, vender).

Os verbos terminados em –er são os mais comuns e trazem as terminações -e, -es, -e, -ons, -ez e –ent. Veja o verbo parler conjugado no presente.

Je parle

Tu parles

Il / elle / on parle

Nous parlons

Vous parlez

Ils / elles parlent

Conjugam-se da mesma forma verbos como aimer (amar), adorer (adorar), arriver (chegar), chanter (cantar), chercher (procurar), danser (dançar), demander (perguntar), écouter (escutar), enseigner (ensinar), étudier (estudar), habiter (morar), jouer (brincar), jouer à (praticar – esporte), jouer de (tocar – instrumento), marcher (andar), regarder (olhar), rencontrer (encontrar), téléphoner (telefonar), tomber (cair), travailler (trabalhar), trouver (achar, encontrar), visiter (visitar), entre outros.

Como na língua portuguesa, temos de praticar a conjugação conjugando ! Pegue seu caderno, lápis e mãos à obra !

Nota : Quando o verbo começar por vogal ou h mudo, tiramos o e e colocamos um apóstrofo :

j’aime

j’habite

j’écoute

À bientôt!

« Si, de ta bouche, tu confesses que Jésus est Seigneur et si, dans ton cœur, tu crois que Dieu l’a ressuscité des morts, tu seras sauvé » Romains Chapitre 10 Verset 9



sábado, 17 de março de 2012

OS TENTÁCULOS GLOBAIS DO “POLVO ANFÍBIO”

Nataniel Semedo da Silva, cabo-verdiano residente em São Paulo, Brasil

“O mundo está suficientemente preparado para se submeter a um governo mundial. A soberania supranacional de uma elite de intelectuais e de banqueiros mundiais, seguramente é preferível à autodeterminação nacional.” David Rockfeller

“Portanto, nunca permitam que eles vos critiquem meus irmãos por vossa individualidade. E nunca deixem que eles vos desrespeitem minhas irmãs por vossa originalidade. Eu estou dizendo a vós, filhos de Deus, eles vão tentar vos mudar, eles querem um único modelo, mas nós comemoramos o Seu reino e a Sua criação com a diversidade...” Christafari; “Sistema hipócrita”

Este trecho musical dos Christafari é um autêntico “antípoda”, o extremo oposto do ideal pretendido e sentenciado pelo senhor Rockfeller e seus pares, um governo planetário. Tenho por convicção que o ethos (identidade) nacional e a singularidade cultural de um povo e seus valores devem ser inalienáveis.

Benevolente leitor (a), se isto que escrevo pode servir para reflexão e mantiver-nos em alerta máxima, queria falar dos conspiradores globais, a secreta “iluminada”, os “guardiões” do “poder e saber oculto” que em clubes e sociedades forjam e executam na sombra o mega projeto planetário da Nova (des) Ordem Mundial que (entre variadíssimos e sofisticados métodos) procuram provocar neuroses e confusão generalizada, visando o controle da psique das grandes massas populares. Por enquanto, a prudência me segreda baixinho a não dar os “nomes aos bois”, mas se se apresentar necessário, falo-ei num “mugir do touro”!

A proposta de uma cidadania planetária plena apresentada por esta Globalização é batota sofisticada. Esta New Age (Nova Era) ou “nova consciência” e seus valores como a sanguessuga é mãe de duas filhas gêmeas siameses com o mesmo nome, Me Dá e Me Dá. Em última análise é imperialista e ladra, um polvo anfíbio insaciável que devora toda a micro colónia de “pequenos peixes” e outras “bio diversidades nativas” engolindo em sua pança elástica tudo que mexe.

O atual aquecimento global é uma das crias assassinas monstras alimentadas pela ganância e egoísmo dos raptores e queimadores do mundo. Esta globalização com uma máscara sofisticada tem o sorriso de jaguar, sarcasmo de hiena e garra afiada de leopardo. Democraticamente falsa, sua essência hegemónica e corrosiva é altamente pirata e marginal. Seus mentores espirituais e seus operacionais são multi continentais, estendendo os seus tentáculos, inclusive, às nossas ilhas!

Maquiavelicamente aparenta com minúcia o que realmente não é.O “mundo global” é o “Sésamo dourado fortificado” cujas chaves estão nas mãos dos ladrões globais de elite que em volúpias financeiras vão inflacionando o nosso belíssimo planeta azul.

Esta pirataria global com os seus peões ardilosos e seus testas de ferro arrogantes (estrategos sub-reptícios) trabalham network. Tem as suas células que geram larvas e seus grupos de pressão que procuram a todo custo explorar, asfixiar e esmagar países inteiros e seus respectivos povos. Fingem que dão, mas na verdade tomam (e como tomam)!Seus “cães selvagens” com dentes de titânio enriquecido trabalham arduamente em equipe com doutrinas de choque e espanto. Trituram e chupam até o tutano o osso gordo da sopa dos meninos pobres do Hemisfério Sul. Mexem, remexem e manipulam as finanças do mundo tendo como deus o “bezerro de ouro” (imponente em Wall Street).

Cabo Verde, Cabo Verde, esta globalização é uma enorme patranha (mentira manifesta) de altíssimo nível (e acredite se quiser). Benevolente leitor (a) somos exortados e avisados a livrar-nos desta tramóia global. Permitir ou não que este “tsunami” te arraste depende de ti. Eu já escolhi o “Rio da Água da Vida”!

sábado, 10 de março de 2012

IMPÕE-SE O ADVENTO (URGENTE!) DE NOVAS FORÇAS POLÍTICAS (COM “SELO” DE CABO- VERDE E DE INSPIRAÇÃO CRISTÃ)

Por Nataniel Semedo da Silva
Pelourinho - Cidade Velha

“As cabras ensinaram-nos a comer pedras para não perecermos” Ovídio Martins

Meu Cabo - Verde magnífico, da passarinha di pena azul, da garça vermelha, do manel mangradu, da txóta di cana, da fragata, do dragoeiro, da papoila e da tamareira!

Escute do fundo dos séculos as vozes retumbantes da tua história!Sumara na tempu e repare que certa Europa prenhe de gemidos em ti se fez. Do sussurro triste dos Rios da Guiné veio a África que também es. Ribeira Grande, Cidade Velha, berço da tua sina e da tua saga! Observe os olhares esbugalhados e mercantis dos piratas da Gália e da Velha Albion que te saqueou. Velhos mercadores que roubaram o melhor da África (suspiro)!

Cabo - verdiano (a) de todos os dramas (ora, “querendo ficar e ter que partir”, ora “querendo partir e ter que ficar”!) e de todos os mundos (onde teus braços de aço abraçaram o intenso labor). Flagelado pelo Vento Leste, pela estrada atlântica, em estórias de mil partidas, também, para a América do Norte, nos baleeiros nas rotas de Colombo, pelo oceano imenso, na pesca da baleia que te levou para o outro lado do mar.

Para a Lusitânia a preencher a debandada dos lusos para a Europa rica. “José Pedreiro Ihéu” para a construção civil em Lisboa. “Mamazinha Crioula” a cuidar da italianazinha em Roma. Por decretos, em lúgubres navios rumastes a Sul para as roças de São Tomé. Ao contratador “destes o nome”, “santando a praça” em desespero de causa. Trabalhastes três, quatro anos... e recebestes entre quinhentos a cinco mil escudos no total (o “pézinho-de-meia roto” da tua paga). “Duedu na mundo”! Cabo - Verde, do teu berço épico de matriz “cristã guerreira”, escute os gritos da tua alma levadas pela correnteza sul equatorial.

Contra mar e vento, açoitado pela bruma seca, teimastes sempre! Trabalhastes a brava a bordo nos países baixos e nas suas tulipas namorando. Na grande diáspora labutastes em Cape Code, Fall River... na inevitável aventura trabalhastes nos comboios do Pacífico e garimpastes ouro na Califórnia. O trovão da guerra te levou à Guiné-Bissau. Catxupa camponesa, feijoada, arroz ku atun, djagacida e caldu péxi, grogue di sintanton, café di fogo e chá d’erva cidrera fizeram o teu “banquete” humilde.

Escute o barulho das pesadas botas dos combatentes e as salvas da tua liberdade ecoando pelos matos da Guiné - Bissau. A aurora de 1975, entretanto, esfumou-se por detrás da “cortina insular de argamassa” sob a égide do Partido Africano da Independência de Cabo Verde. Quinze (eternos!) anos de um monólogo político que cercearam a tua voz.

Cabo-verdiano (a) escute os assobios dos ventos da mudança que te trouxe o sonho de um Movimento Para Democracia. Lembras-te do cântico que se ouviu? “descendo pelas ruas antes proibidas, memórias distantes enterradas para sempre no passado. De Moscovo, Parque Gorki chegaram às ilhas do sol as rajadas de outro Leste te livrando das ‘lestadas políticas’ além Murro de Berlim. Ouve-se a música do vento trazendo melodias de versos livres da democracia”. Dir-se-ia, que o futuro estava no ar... estava ali!A bruma seca parecia querer cantar o que a gaita, o violão e o cavaquinho das ilhas transmitem da tua alma.O génio cabo-verdiano. Tua história, entretanto, continuava o seu processo. Surpreendentemente o PAICV voltou... e os anos, de novo, longos!

E agora?Repare bem, cabo-verdiano (a): instalou-se na tua terra um “maniqueísmo (dualismo) político” traduzido por uma terrível bi polarização PAICV/MPD a atingir os limites da insanidade, em meio a um redemoinho planetário carregado de incertezas.

As taças de cristal da “Boêmia global” ergueram-se para os operacionais da Nova (des) Ordem Mundial. Estenderam-se, planetário, os gigantescos braços do “polvo anfíbio multi-continental”. Vigie-o, cabo - verdiano (a). Desta tua apatia e conformismo momentâneo, os saqueadores endógenos e exógenos se alegram. Outrora, em conluios e vis negócios levaram até a tua urzela de corante violeta. Jogaram ao vento tua pequena economia insular. Pense nisso: até que os leões tenham suas próprias estórias, os contos de caça glorificarão sempre o caçador!

Repare bem, cabo-verdiano (a)! O espírito atlântico com que pacificamente abraças o mundo, também, permite que te reinventes (n vezes). Depois de as nossas cabras te terem ensinado a comer pedras, no “dia seguinte” às calças rotas e chapadas da tua pobre meninice, fintando a fome comendo cufongo, papa ku léti e bebendo óleo de fígado de bacalhau, alçarás o vôo dos pássaros livres. As lágrimas que têm descido pelo teu rosto não tiram a tua visão!Debaixo do sol das ilhas, olhe para os horizontes do teu futuro. Do teu berço de alecrim, à sombra do teu dragoeiro resistente, continue sonhando!

Deus soberano, Aquele que, antropomorficamente, tem os olhos que tudo vê e a mente que tudo pode te permite uma esperança evangélica, que te ajuda a caminhar, reinventar e crescer sempre. “Ir para cima não é fácil. Desafia a gravidade, tanto cultural quanto magnética”- Mike Abrashoff

domingo, 4 de março de 2012

MAIS UM POEMA DA MINHA AUTORIA:"LÁGRIMAS DOS CAMPEÕES!"


LÁGRIMAS DOS CAMPEÕES

Quais possantes gazelas gazuas rompendo a brasa

Desbravadores da jornada estes poetas que apaixonam

Firmando-se no ofício da escrita os guardas da casa

Lágrimas sentidas dos gigantes que também choram


Das “cortinas que chamam” transcendendo-se os heróis

Soluços molhando o verde de esperanças bem nutridas

Rompendo copiosas da alma que iluminam feitos faróis

E em outras profusões também as lágrimas incontidas


Gotas de ouro pelas faces dos campeões da estirpe real

Da tropa de elite por sobre as rodas que tem cadarço

E o cântaro quebrando-se depois junto à fonte sepulcral

Repousam-se os homens fortes da resistência de aço

NATANIEL SEMEDO DA SILVA

CIDADE DE BAURU, SÃO PAULO/BRASIL – AGOSTO DE 2011



O “CIRCO BÁRBARO” DA DEMOCRACIA CABO – VERDIANA

Nataniel Semedo Da Silva, cabo-verdiano residente em São Paulo, Brasil

“O medo dos bárbaros pode - nos transformar em bárbaros através de nossos próprios fantasmas”; Tzvetan Todorov

“A democracia não tem coração nem entranhas. A serviço das forças do Ouro é sem piedade e desumana”; Frase atribuída a Anatole France

Eia! (para alegria de alguns, claro esta,) montou-se um “circo bárbaro” na democracia cabo-verdiana, com artistas capazes de “proezas” de fazerem revirar nos seus túmulos os memoráveis democratas da Atenas clássica, Clístenes e Sólon!

Os “bárbaros da democracia”, politicamente falando, se gabam de possuirem força bruta e musculada. Estes tais violam maquiavelicamente a mesma, munindo - se de “varapaus e lanças psicológicas” de efeito.Metidos a “machões e animais políticos”, entretanto, se desnudam achando - se de calças nas mãos, apresentando - se na realidade sem colhões.De “romano” apenas (e já não é pouco!) os seus semblantes, a fazerem lembrar certos Brutus (isso mesmo, Brutus, antigo cognome usado por diversos políticos da família dos Júnios).Os tais procuram a todo o custo o acuamento dos seus adversários.Acham (acham!) que “a chutos e pontapés” e soltando impropérios e “piropos políticos” (inaceitáveis!) quase intraduzíveis, conseguem manietar o povo (afinal, o único ator na Democracia quem na verdade tem costas largas e quentes, podendo decidir).Estes tais que saqueiam a democracia alienando - a acabam na verdade tornando - se anti - democráticos.Não, qualquer semelhança com a nossa realidade cabo - verdiana, não é mera coincidência!

Quando a Democracia também se deixa transformar em um circo, existem os tais malabaristas, os acrobatas, os contorcionistas, os “equilibristas”, os ilusionistas, o palhaço (mor), entre outras figuras, que pelo “picadeiro” vão apresentando seus números e palhaçadas bárbaras. Aqui também, qualquer semelhança com a nossa realidade política atual não é mera coincidência (não mesmo)! Isto sim é também o retrato da “paródia política” vagabundeando à solta pela “nossa praça”!

Na atual “arena” do jogo (melhor, spiki!) político em Cabo Verde, vozes independentes não são bem vistas (mesmo). Eu que o diga! “Dja ka da cabésa ku um monti di kria partidarizada” no nosso país um “dualismo político” feroz.Se não fores de um lado ou do outro es simplesmente “diabolizado”.Se posicionares a favor de um em detrimento de outro, o mesmo “infortúnio” também te é reservado. Que raio de Democracia vem a ser esta?Esse dualismo (bipolarização política) significa, na prática, que “es quase que obrigado e coagido a ser do PAICV OU DO MPD”.E POR QUE TROMBA D'ÁGUA TEM QUE SER ASSIM? Por isso, é que digo e reforço, que a tão embandeirada Democracia cabo-verdiana “sa ta gatinha inda” (isto mesmo)!

No nosso país politiza - se os bairros, as ruas, as calçadas, o atestado médico, os projetos, as bolsas de estudo, as ajudas externas, a tabanka, a nossa história... faltando apenas politizar a katxupa, o grogue, o dragoeiro, a babosa, o pássaro “Manel Mangrado”, a bruma seca, o mar e a chuva!Se a democracia cabo - verdiana inclui - se no Top 30 à escala planetária, estamos então, verdadeiramente, em meio a um apocalipse global. Podem crer!

A opinião pública cabo-verdiana tem sido Stalin e maquiavelicamente torporizada restando umas manifestaçõeszitas (sempre melhor que nada!) de indignação aqui e acolá, feitos a regabofe e sem comando (engajado e comprometido com a nossa nação), sem grande efeito. Os escândalos também acontecem porque a própria democracia, por vezes, se permite vender. A nossa “se prostitui (u)”, quiçá, os seus atores alienaram-na ao ouro, ao petróleo, aos euros e aos dólares, transformando - a, assim, num “circo bárbaro”.

Impõe-se, entretanto, o absolutamente livre pensamento, desamarrando-nos nesta hora deste terrível “maniqueísmo político” cá na terra que se traduz numa malcriada bipolarização partidária (PAICV/MPD). Indo diretamente ao assunto: precisamos (e sem medo!) urgente e ingentemente “exorcizar” este nosso “fantasma de Maniqueu” e outros do nosso meio, sob pena da nossa letargia e indiferença transformar-nos em “bárbaros do conformismo e apatia” diante da presente conjuntura política da nossa nação.

Reforçando - nos nas reservas inesgotáveis da cabo -verdianidade firmemos em prosseguir o processo da evolução da nossa história como povo de alma atlântica, do pensamento independente que voa feito majestoso condor!

Nós, os cabo-verdianos (os mais íntegros!) constituímos um povo de “genes e ethos verdadeiramente democráticos” (o que nos permite reinventarmos, quantas vezes quisermos), por isso, o nosso pensamento ab initio é (e deve continuar) livre, livre! ESTOU IMBUIDO DE IMENSA FÉ EM DEUS QUE DIAS MELHORES AINDA ESTÃO POR VIR PARA A NOSSA TERRA E NOSSAS GENTES!