sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

UMA MEDITAÇÃO PARA HOJE!

Por Nataniel Semedo da Silva

E AGORA PILATOS?

"Vendo Pilatos que nada conseguia, antes, pelo contrário, aumentava o tumulto, mandando vir água, lavou as mãos perante o povo, dizendo: estou inocente do sangue deste [justo]; fique o caso convosco!”Mateus 27: 24

Existem homens e mulheres, os quais seria melhor para os seus inimigos se os mantivessem vivos.Há um mito que se alastra e envolve certas pessoas tornando-as porventura muito mais “poderosas e influenciadoras” depois que os seus corações pararem de bater.Na memória coletiva da humanidade “permanecem” vidas e obras capazes de alterar o rumo da própria história, isto porque a personalidade e o legado jamais se sepultam voltando na lembrança dos acompanhantes do cortejo fúnebre.Certos homens e mulheres escreveram para sempre seus nomes nos anais e nas odes universais de exaltação.”E Jesus, clamando outra vez com grande voz entregou o espírito”Mt 27:50. A violência sem limites à qual submeteram Jesus de Nazaré, o Cristo, roça o inenarrável e é extremamente difícil de explicar “pelos elaboradores” do laudo pericial das causas da sua morte. Crê-se que depois de Lhe terem aberto o lado com uma lança ter-lhe-ia vertido uma mistura de sangue coagulado e suor. Incomensurável vilipendio provocou-Lhe um clamor que ainda hoje ecoa procurando abertura e guarida redentora nos bastidores da humanidade. Num cenário praticamente indescritível nosso planeta cobriu-se de trevas do meio dia meio dia às três horas da tarde num prenúncio do que ainda estava por vir. Depois da morte de Jesus Cristo o centurião e outro algoz que com ele estava se abismaram profundamente em enorme temor e disseram: ”Verdadeiramente este era Filho de Deus”.A criação entrara em colapso em meio a um estratosférico terremoto que fendeu as rochas e abriu os sepulcros para a ressurreição de muitos santos que dormiam.O coração dilacerado do Rabi da Galileia parara de bater... e agora Pilatos? O alto dignitário do império romano demarcando-se covardemente da sua responsabilidade de maneira ilegal entregou Jesus à fúria assassina da turba. Pôncio Pilatos era um romano da ordem eqüestre, ou seja, da classe média superior, um operacional militar e judicial e quinto procurador da Judéia. Acresce-se-lhe ainda o controle do Templo. Era um homem de amplos poderes, podendo inclusive reverter as sentenças decretadas pelo Sinédrio o Tribunal Supremo dos judeus ratificando-as ou não tanto para a vida ou para a morte. O cinismo de Pilatos é também o maquiavelismo de outros tantos dos nossos dias que em barganhas pela defesa irracional dos seus interesses egoístas “fisgam a verdade na ponta do anzol” entregando-se às trevas e à desgraça. Muitas vezes instalam-se as “varandas de Pilatos” e os “tribunais de Lynch” enquanto comandos infernais promovem linchamentos e jogam no fogo e às feras homens e mulheres. De Pilatos não reza a história de feitos que mereçam hinos, antes pelo contrário. Existem homens e mulheres, estes sim, em que a morte para eles é ganho. Jesus Cristo é o arquétipo perfeito, o modelo incontornável daqueles que depois de mortos deixaram infinitos seguidores!

Conf. Mt 27:17-26

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