sexta-feira, 25 de maio de 2012

*NESTE DIA DA ÁFRICA VAI A MINHA HOMENAGEM.



*NESTE MEU POEMA "ZEBRA" SIMBOLIZA A ÁFRICA
                                 
                                   ZEBRA

Corre Zebra, corre que há fogo cruzado e balas perdidas.

Corre Zebra pujante que há muitas minas escondidas.

Corre sem parar e leva contigo a África do Sul e o Sudão.

Correra sem parar desde Timbuktu fugindo aos predadores.


Vai Zebra, vai que há para ti um lugar no prado.

Vai Zebra de pelagem ás riscas a galope de brado.

Vai sem parar e leva contigo a Etiópia e a Eritreia.

Viera riscando a selva com uma bandeira de xadrez.


Corre menino de Elmina, corre e chega à escola.

Corre menino da Várzea, corre e leva a tua sacola.

Corre sem parar desde Djibouti no lado oriental.

Correra sem parar trazendo mensagens de Zanzibar.


Zarpou a Zebra vencendo Kalashnicovs e toda argola.

Zarpou a Zebra levando na vontade toda Angola.

Zarpou a Zebra levando uma bandeira verde.

Zarpara levando na alegria todo Cabo Verde.


Vai menino de Aksum, vai que há para ti um lugar ao Sol.

Vai mulher do Sul, vai que Calaari e Kilimanjaro são seus.

Vai sem parar oh filho do belo “José” tecelão e sáfaro.

Viera a Zebra trazendo ás costas todo Zimbábue.


A Zebra percorreu o Ghana com toda gana vindo da Núbia.

Chegara do Madagascar e chegou à Mauritânia seguindo pra Líbia.

E a Zebra zarpou do Kênia com as bênçãos do grande Jabal.

Zarpou e chegou à Guiné-Bissau acenando Comores do outro lado.

Zarpara veloz do Rwanda vencendo mil colinas de neve vermelha.


Corre Zebra, corre portentoso desde o Cabo da Boa Esperança.

Corre Zebra, corre vigoroso e leva contigo toda a Argélia.

Corre levando contigo a bandeira verde da esperança.

Corre levando contigo a Namíbia e chega à Tunísia.

Correra de Serengeti provocando ilusão de óptica nas hienas.


A Zebra correra todo o Sahara...e tinha vindo do Lago Vitória.

Correu e chegou à Somália fugindo a estranhos “Ninrodes”.

A Zebra zarpara da Suazilândia, Seichelles, Maurícias e Reunião.

Zarpou e chegou ao Egipto do ex governador Zafenate-Paneia.

A Zebra correra ouvindo canhões ferozes e doces músicas de banza.


Correu, saltou, cortou a meta e parou pra rever o prado e a Casa.

A Zebra parou e viu ouro; zebrou e na real unidade celebrou.

A Zebra parou e viu diamante; ziguezagueou e na vitória jubilou.

A Zebra parou e viu petróleo; rodopiou e em danças se encantou.

A Zebra da alegria chamou o mundo todo pra festa de arromba.


(...) Sonhei que na Casa da Zebra calaram-se os trovões da guerra.

Na Casa da Zebra onde se desencontraram os rios da concórdia.

Na Casa da Zebra onde se ergueram os ídolos da discórdia.

No prado da Zebra onde do bolso africano tanto roubaram.

No prado da Zebra onde os manos na ira se desentenderam.


(...) Sonhei que na Casa da Zebra todos celebravam a paz.

E a mamã África acordou, renasceu e abraçou o globo.

E a mamã África já não trazia as manchas vermelhas.

As cores da África eram o branco da paz e o azul do perdão.

A grande Zebra surprendeu e renasceu com ela toda a África.

                  NATANIEL SEMEDO DA SILVA





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