A ESPANHA
Por Nataniel Semedo da Silva
Cidade da Praia, 11 de Julho de 2010
11 de Julho de 2010.Madrid e Amsterdam eram as duas capitais mais festivas do mundo em dia de final da Copa do Mundo de futebol na África do Sul, a primeira da Históra a ser realizada no continente africano.Espanha e Holanda terras da realeza e de aventuras com muitas rivalidades disputavam o cobiçadíssimo troféu do desporto mais popular e amado do planeta.O Estádio Soccer City (Cidade do Futebol) de Johannesburg vestiu-se de gala para receber o mundo.Vários membros de famílias reais, chefes de governo e artistas famosos se encontravam na tribuna vip, entre eles o lendário Nelson Mandela, Madiba nome pelo qual é chamado carinhosamente, para assistirem ao jogo dos sonhos deste campeonato do mundo.A segurança fora reforçada e estava em alerta máxima, com milhares de policias em grande visibilidade e helicópteros sobrevoando o terreno de jogo, fechando o espaço aéreo do Estádio assim como o trânsito.Espanha, Holanda e acrescenta-se ainda a Alemanha e porque não a Argentina foram as equipas que durante todo o torneio melhor conseguiram fazer a apologia do futebol arte, triunfando assim a tese de que é possível jogar bem, bonito e vencer sim, contrariando deste modo o pragmatismo razo de que simplesmente o que conta é o resultado.Estava salvaguardado assim o legado do futebol artístico e vencedor, independentemente de quem vencesse o jogo da final.Começa então o jogo e decorridos pouquíssimos minutos, os espanhóis já estavam na “sua praia”, tomando a iniciativa do jogo, trocando e circulando a bola bem ao seu estilo. David Villa o “carro de assalto” da "Fúria" com cinco golos no torneio, era de entre os jogadores espanhóis o mais vigiado e um dos mais visados pelos holandeses.O jogo começa disputadíssimo a cada parcela do terreno com a Espanha a privilegiar a posse de bola.Os holandeses sem ter o domínio do jogo tentavam a todo custo pelo menos controlar o ímpeto da “Fúria” La Roja.O senhor Howard Melton Webb de 38 anos, um ex sargento de polícia e praticante de ténis, o mais jovem árbitro de sempre a apitar uma final da Copa do Mundo, calvo, durão e com aspecto draconiano mas de quem a esposa disse antes do jogo, que não conseguia sequer cuidar dos seus própiros filhos, duvidando assim da sua capacidade de trabalhar no campo, estava entretanto sempre em cima dos lances numa estratégia preventiva começando a distribuir sem pestanejar, cartões amarelos para os jogadores das duas equipas, não permitindo que o match virasse bagunça.Mister Webb assistido por seus compatriotas Darren Cann e Michael Mullarkey procurava com efeito ter o “jogo nas mãos”.Quanto ás equipas via-se claramente que a “Laranja mecânica” estava na expetativa e tentando jogar no erro dos espanhóis.Mesmo Robin Van Persie um jogador de cariz ofensivo recuava no terreno para povoar o meio do campo holandês.Do lado da “Fúria” começou-se a “caça” ao baixinho mas de enorme qualidade futebolística Arjen Robben.Carles Puyol que o colega Xabi Alonso apelidara de “javali jovem” aquando do seu golo nas meias finais contra os alemães, recebe uma etirícia do senhor Howard Webb.Intensificam-se as picardias.Van Bommel e Sérgio Ramos também ficam amarelados.Nigel de Yong numa entrada á Bruce Lee atinge Xabi Alonso e recebe apenas o cartão amarelo.Chovia etirícias mas aos poucos a Holanda parecia conseguir conter a voracidade da “Fúria” e fazia tudo o que podia para neutralizar a abordagem espanhola ao jogo.Heitinga chega “varrendo” David Villa.Aos 60 minutos Vicente Del Bosque troca “Pedrito” Rodriguez por Jesus Navas e um minuto depois Wesley Sneijder o play maker da “laranja mecânica” atravez de um passe açucarado oferece o golo a Robben que perde uma oportunidade flagrante diante de um Casillas que se agigantou fazendo-lhe a “mancha. Bert Van Marwijk, o tecnico holandês que ostenta no seu palmarés o título de campeão do mundo num jogo de cartas chamado 'Klaverjassen' e que escondera a estratégia de jogo da “laranja mecânica” dos jornalistas começava a respirar um pouco melhor.Os holandeses aos poucos cresciam no jogo e num rápido contra ataque Joan Capdevilla apenas consegue atropelar Van Persie.Décimo cartão amarelo da partida.Aos 70 minutos Dirk Kuyt cede seu lugar a Elia jogador do Hamburgo.Novo amarelo desta feita para Robben depois de fazer um sprint em direção ao senhor Webb e gritar-lhe nos ouvidos, reclamando de uma pretensa penalidade máxima.Aos 85 minutos sai Xabi Alonso e entra Cesc Fábegras.O zero a zero persiste e aos 93 minutos acaba o jogo no periodo normal.Começa a prorogação e um erro agora pode ser fatal.A partida destina-se a definir nos detalhes.Minuto 99 sai De Yong e entra Braafheid jogador do Celtic de Glasgow.De seguida Del Bosque troca Villa por Fernando "El Niño" Torres.Aos 109 minutos segundo amarelo para Heitinga e consequente cartão vermelho.Etirícia também para Van der Wiel
( mais uma!!!).
O jogo intenso se aproximava do seu final.Aos 116 minutos Andrés Iniesta recebe de Fábregas, solto na grande área holandesa, a “bola do jogo” e fuzila o desamparado keeper do Ajax, o excelente Stekelenburg.Para variar Mathjisen recebe amarelo por protestar a legalidade do golo de Iniesta.Novo campeão do mundo á vista.Na comemoração do golo mais importante da sua vida, Andrés Iniesta recebe cartão amarelo, mas diga-se, agora, por uma boa causa.Ao tirar a camisa estava honageando o malogrado colega Dani Jarque que em Agosto do ano passado foi vítima de um ataque cardíaco fulminante.Na camisola branca de Andrés Iniesta estava escrito-“Dani Jarque siempre com nosotros”(Dani Jarque sempre conosco).Pouco depois acaba o jogo e temos um novo campeão mundial (inédito!) em futebol.Campeones, campeones…a Espanha é merecidamente vencedora.Na saga espanhola, pelo meio(ou melhor, pelo início) um caboverdiano ( como não poderia deixar de ser!) nascido na Cidade da Praia, também fez história.Gelson Fernandes crioulo naturalizado suiço e jogador do St Etienne da França, foi o autor do golo solitário dos helvéticos na única derrota da “Fúria”( em sua partida inaugural) neste campeonato do mundo de Futebol.Arriba España e viva tamém Cabo Verde independente!
Fotos:Nata Imagens
FUTEBOL CABOVERDIANO : BOAVISTA FC IMPEDE A CONQUISTA DO PENTACAMPEONATO CONSECUTIVO POR PARTE DO SPORTING CP Por Nataniel Semedo da Silva, Cidade da Praia, 10 de Julho de 2010 a largura do terreno, construindo várias linhas de passe e fazendo lançamentos em profundidade para o str iker e goleador mor do torneio, o possante mas também não menos habilidoso Fufuku, tinha no excelente Elvys Babanco jovem internacional caboverdiano cogitado para algumas equipas além fronteiras, o seu play maker jogando curiosamente com a camisa número cinco.Os boavisteiros também contavam com alguns bons jogadores estrangeiros comoTraoré, Hassan e Moya.A partida começou em alta voltagem entre “leões” e “panteras”.Cedo começaram algumas “poradas” que pareciam já anunciadas.Com o placard insistindo num teimoso zero a zero, a bola chega ao inevitável Fufuku, que a uns bons trinta metros da baliza de Magueti, descaído pela lateral e de ângulo não muito favorável soltou um balázio que explodiu na trave com estrondo enquanto algumas vuvuzelas faziam das suas.Loloti e Fufuku travavam um duelo á parte enquanto o Boavista apresentava sinal mais.Com o árbitro a apitar para o intervalo, num lance francamente inusitado, o jovem Tom agride o boavisteiro Carlitos e recebe cartão vermelho direto.Fora das "quatro linhas" a atmosfera estava fantástica, era a festa do futebol das ilhas. As claques estavam animadas, algumas vuvuzelas faziam sentir-se e haviam muita batucada.Um repórter asiático animadíssimo com a sua extroversão e alegria era um espetáculo á parte.Nas bancadas do lado da famosa Praia da Gamboa algumas tarjas em cores boavisteiras incentivavam os “panteras”, saudavam o trigésimo quinto aniversário da Independência de Cabo Verde e apelavam ao Fair Play.Uma energia positiva envolvia a “embaixada de xadrez” dentro e fora das "quatro linhas", que psicologicamente estava na mó de cima e mais tecnicista mantinha uma maior percentagem de posse de bola e fazia-a circular com mais clarividência.A partida se aproximava do seu final com o nulo a persitir.A “família axadrezada” já estava festejando, quando a cerca de um minuto do fim, já em tempo extra, Loloti atropela Fufuko (the man of the match – o melhor em campo) dentro da grande área e leva cartão vermelho direto.Penalidade máxima que o mesmo Fufuku cobra de forma superior deixando o keeper Magueti de gatas.Logo de seguida o jogo acaba e a alegria toma conta das hostes axadrezadas.A festa é total não apenas entre os boavisteiros mas também entre todos aqueles que desejavam ver um stop na hegemonia sportinguista dos últimos anos tanto a nível de Santiago como a nível de Cabo Verde.Resultado final agregado:Boavista FC da Praia 3 Sporting CP também da Cidade da Praia 0.Em jeito de rodapé, e do nosso ponto de vista, bem que os axadrezados da capital caboverdiana poderiam (futebolísticamente falando), ajudar a sua matriz portuguesa da Cidade do Porto, clube que pouco tempo depois de se sagrar campeão de Portugal e ter chegado com brilho á semi final da recentemente extinta Taça UEFA tendo sido eliminado pelo poderoso Celtic de Glasgow, sumiu da elite do futebol português, por razões que eu em particular, não sei exatamente o quê ao certo, e vegeta algures em terras lusas.Seria então o “filho” crioulo já crescido (pelo menos futebolísticamente!) a olhar para a sua “mãe” europeia agonizada e melancólica. “Campeones, campeones…” Boavista FC da Praia.E para a nova época futebolística há mais festa de futebol nas ilhas da música e da poesia, se Deus quiser e mais uma vez viva Cabo Verde independente!
oi primo querido, gosto muito do vosso blog, tem muitas informaçoes importantes e muito bem feita... parabens continue assim...
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