quinta-feira, 30 de novembro de 2017

ELMINA, GHANA… DE VOLTA AO PASSADO! Nataniel Semedo da Silva



ELMINA, GHANA… DE VOLTA AO PASSADO!

Nataniel Semedo da Silva


“Velhos piratas, sim, eles me roubaram;
Me venderam para navios mercantes,
Minutos depois deles me
tirarem de um poço sem fundo.
Mas minha mão foi feita forte
Pela mão do Todo-Poderoso.
(...)
Canção de Redenção (Bob Nesta Marley)

Certa ocasião um grupo de missionários relatou a visita a alguns lugares em Elmina no Ghana (África) onde a História de forma pungente fere e envergonha a humanidade de forma inexorável e indelével como uma “descida ás profundezas do inferno.” Segundo as suas crônicas o cenário macabro e terrivelmente perturbador trazia fortíssimas evocações e lembranças dos tempos onde incontáveis escravos africanos eram armazenados em lugares lúgubres e ensombradores e depois vendidos como mercadorias num negócio dos infernos.
Ossos humanos espalhados pelo chão em meio a antigos santuários constituíam e reconstruíam as marcas de crimes hediondos contra a humanidade.

Em Elmina contam-se muitas estórias do lendário vilarejo do africaníssimo Amankwakurom, da holandesa West Índia Company, do Castelo de São Jorge da Mina, de St. Jago Hill... e ainda de um andarilho planetário lusitano chamado Diogo de Azambuja. Este local constituiu-se no passado uma das bases mercantilistas europeias de pança ilastica e olhos postos nas imensuráveis riquezas da África. Ali se barganhou malandrão ouro africano á brava para depois a feitoria de Elmina comercializar milhares e mais milhares de escravos.

Um montão de vezes esta cidade foi sitiada, violentada e roubada assim como toda a África, também, a foi e ainda é pelos saqueadores globais da elite pirata. Elmina passou constantemente de mãos em mãos, umas bem mais sujas e podres que outras transformando-a, entre outras, numa das valas comuns no descampado planetário!!!

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