sexta-feira, 27 de outubro de 2017

POEMA de Nataniel Semedo da Silva - OLHARES DE ANGOLA

OLHARES    DE ANGOLA

OLHARES DE ANGOLA

Olhares molhados, olhares incógnitos, olhares milhares.
Semblantes melancólicos e esboço esforçado de um sorriso.
Espinhos da guerra, mães de afronta e meninos errantes.
Olhares de Angola, olhos de lince, exaustos caminhantes.

Minas mortíferas e Angola linda e rica em luta feroz.
Daí angustiosa marcha em êxodo de reencontro.
Andares cambaleantes, corpos inertes, jornada atroz.
Olhar também meu, olhar cabo-verdiano e africano.

Imperiais atrocidades, cumplicidades, robustos negócios e sócios
Multicontinentais trambiques olhando gordo para Angola.
Séqüitos da guerra e da paz por caminhos intrincados.
Meninos, meninas, mentes em eclipse e sonhos roubados.

 Filões brilhando e vilões estrangeiros conspirando.
Olhares de luto e epitáfios na perenidade do tempo.
Olhares de espanto e em combates manos brigando.
Olhares de Angola num cenário de contratempo.

Nataniel Semedo da Silva
 (10 de Março de 2000/Contexto de guerra em Angola)


 

 

 
 

POEMA de Nataniel Semedo da Silva - E ESTE É O MEU APLAUSO! (UMA HOMENAGEM Á MULHER CABO - VERDIANA)

   O trabalho duro da mulher cabo -verdiana/Africa

E ESTE É O MEU APLAUSO

A ti oh heroína, fina, vespertina,
Que vai de costas ao sol trabalhando árdua,
De Sol a Sol para o menino de pai ausente.
Substituta sempre no jogo,
Com ele fora de jogo em desafogo.

A ti oh incansável nas lidas
Das vinte quatro horas mais extras!
Que caminha sempre em frente faça chuva ou faça vento.
E vê longe para o futuro do Zezinho...
Heroína...Vai e não para!
Cheia de caparo, na refrega dando litro dispara.
Com um pão roliço pilando o milho no pilão.
Aquele vai no “Pilão” e outros “Tabus” e “Luas de Mel”.
Mas ela aguenta, eterna  lissa frequenta,
Preguiça afugenta...
Em dias de tormenta quando ele não se apresenta, contenta.

A ti Mulher Rainha!
Que faz a indumentária do Zezinho e nas calças do pai faz bainha.
Na cabeça leva lata de água e nas costas o Zezinho... Finda o dia!
Vende doces e pastéis acreditando que o Zezinho será Doutor.
Acredita num Cabo Verde que chove... Verde.
Por isso lança perene o grão á terra.
Mesmo que no ano passado choveu temporã e serôdia!
Ainda que o pai do Zezinho larga a enxada e pega a paródia,
Ainda que ele troque a tina mais ela se afina porque ela é fina afinal.
Ela vai. Aguenta. Não cai. Nunca cai...
Soada em mesma entoada... Ressequida mas heróica, estóica!
Trabalha, malha, faz tricô, rendas para pagar as rendas.

 Este é o meu aplauso a ti... Mulher das minhas ilhas,
Que vence milhas de labor feitos de ardor. Esquece a dor!
Vence obstáculos feitos de “trilhos” e “tomba trilhos”.
De pernas sobre molas, “quebrando as molas” da lida, da vida...
Porque não pára, caminha até a exaustão e ainda faz extras.
Este é o meu aplauso e minha homenagem,
A ti oh mulher das minhas ilhas.

Nataniel Semedo da Silva 
(UMA HOMENAGEM Á MULHER CABO-VERDIANA)
               A dura lida da mulher cabo -verdiana
A lenda Cesária Évora


Hélida Almeida - Uma nova estrela em Ascensão




quinta-feira, 26 de outubro de 2017

POÉME de Nataniel Semedo da Silva - Kunta Kinté (l’Africain)



Kunta Kinté (l’Africain)

D'Afrique mythique!
Imotepe notre scientifique.
Le maître tasobadarien.
Kel Tamasheq saharienne.
Kebra Nagast - 
La Gloire des Rois d'Ethiopie.
D'Afrique mythique: Axoum.
      Mémorable Wanamum!
...
La caravane passe. 
Et la lance perfore.
Des vouleurs les fouets.
La ruse du serpent.
Le rugissement d’ hyène qui rit
Et déchire les entrailles de l'Afrique
Vient la cavalerie d'Albion.
Vieux Pirate tacheté de Tamise
- ‘Crazy baldhead’! 

D’Elmina jusqu’a Maryland

Toussaint est en bateau
Les chaînes lourdes rupturent
Le fouet de l'infamie remue
Des larmes de sang en torrents
Oblation dans la loi du talion

Des hommes de barbe raide
La roue de douleur innommable
Vautour barbu abominable.
Des femmes de fibres d'acier.
Amputation de bras cosmique.
Pleurez les enfants de Nubie.

D'Afrique mythique d'Omoro et Binta!
Le prince guerrier Kunta Kinte -
Éclat èpoustouflant de Mandinga
Le Noir Sanaga et du Cape Arsinário.
Aux oubliettes profondes!
La voie douloureuse d'Abyssinie:
Vaste or pur d'Offir légendaire.
Vaurien marchant saguinaire
...
Violant le sol de Virginie. 
 Au fond des siècles ... 
 Maudit Wall Street 
- Entrepôt d 'esclaves! 
 L’insatiable veau d' or d 'Aaron!

Nataniel Semedo da Silva
[Bahia/ Brésil - Janvier 2017]





POEMA de Nataniel Semedo da Silva - KUNTA KINTÉ (AFRICANO)

                             

Kunta Kinté
(Africano)

D’África mítica!
Imotepe nosso cientista.
O mestre tasobadariano.
Kel Tamasheq sahariano.
Kebra Nagast 
A Gloria dos Reis d’ Etiópia.                                                   D’África mítica: Aksum.
Memorável Wanamum!
...
A caravana passa.                                                        E a lança trespassa.
Dos chicotes a súcia.
Da serpente a astúcia.
Ri a hiena esturrando.
D’África entranhas rasgando.  
Vem a cavalaria d’Albion.
Velho pirata tisnado de Tamisa
- ‘Crazy baldhead’!

D’Elmina a Maryland
Toussaint vai ao porão
Espatifa grossas correntes
Estala d’infâmia o bordão
Lágrimas de sangue em torrentes
Oblação na lei do talião.

Dos homens de barba rija.
Na roda da dor inominável.
Barbudo abutre abominável.
Das mulheres de fibra d’aço.
Cósmica amputação de braço.

Pranteiam os filhos da Núbia. 
D’África mítica d’Omoro e de Binta!
O príncipe guerreiro Kunta Kinté -
Brilho reluzente da terra Mandinga.                                                                    
N’arraial profundo!
Negro Sanagá...Cabo Arsinário.
Via dolorosa d’Abissínia:
Vast’ouro puro d’Offir lendário.
Velhaco mercador sanguinário.                                                          ....  
Desflora o chão da Virgínia.                                        No fundo dos séculos  
Maldito Wall Street                                                [Armazém d’escravos!]                  
Insaciável bezerro d’ouro d’Arão!

 Nataniel Semedo da Silva
[Vitória da Conquista/Bahia - Janeiro de 2017]
Pelorinho da Cidade Velha - Ilha de Santiago/Cabo Verde/Africa

 
Africanos transportados como bichos nos porões dos navios tumbeiros

quarta-feira, 25 de outubro de 2017

POEMA de Nataniel Semedo da Silva - TAQUARAL (Salve Brasil!)


TAQUARAL
(Salve Brasil!)


Cá vem a Icamiaba - mãe brasileira.
Pelas gramíneas a domadora dos cavalos.
A senhora beleza pelo bambuzal sem fim.
Trazendo um colar e uma pedra de jasmim.

Sob o luar de prata os olhos da floresta.
Os sons do maracá e pífanos de taboca.
Paliças e alqueires do Brasil ornamental.
Cromos da perfumada terra monumental.

Cá vem o Tupinambá - pai brasileiro.
Cunhambebe lendário nosso campeão.
Pelo taquaral o mítico guerreiro tamoio.
Do Rio Juqueriquerê, da Baía da Guanabara.


... Memorável Ubatuba caiçara.
Cativeiro do atormentado Anchieta.
Aqui Vale do Paraíba.
O tupi, o colono... Brasileiro caboclo!
Chegou a Gália antártica trotando forte.
Sal e pimenta Brasil para o ‘Maíra’.
Anti herói civilizador o traíra.

Chegara a Lusitânia, a Bética...
A rainha Alba cobriu - se de ouro.
Aportaram as regatas de Flandres.
As potestades mercantis europeias.
E os mil braços das ce
ntopéias.

No saque ao berço de taquara. 
Cabo Frio a fogo e fio de espada.
Do fundo dos séculos roubo argentário.
Velhos piratas trouxeram o africano do Arsinário. 
Os filhos de Roths se incharam do ouro Brasilis.

Na feira do ‘rolo’ sem pátria.
Hoje cuecão, mensalão, petrolão...
A farra global dos cupins do Taquaral.
Os carros de assalto do “Samorset Imperial”.

...Salve Brasil!


Nataniel Semedo da Silva
Cidade de Itaobim - Minas Gerais
18 de Março de 2015)

POEMA de Nataniel Semedo da Silva - JERUSALÉM (SHALOM!)

JERUSALÉM
(SHALOM!) 
                                        Das arreias da Judéia                      
Dos ciprestes da terra mítica
Brilha a Cidade como o Órion
Na Pedra Cinza dos atritos
As uvas verdes dos conflitos

Do fundo dos milênios...
Inquietos deuses da Felícia
Barulho de todos os passos
Veio do campo o rei pastor
As botas de Nabucodonosor

Altar de todas as adorações
Murro de todas as lamentações
Colina de todas as romagens
Caverna de todos os augures
Planície de todas as batalhas

Portal de todos os tempos...
A Esplanada da Sinagoga
Veio do Monte Olimpo
Ático embuste de Zeus
A insurreição dos Macabeus
No Portão de Herodes
“Aelia Capitolina”
Os Césares da pamplina

Na profundidade dos séculos...
Marcha de todos os séquitos
As falanges Persas de Ciro
As legiões Gregas de Alexandre
A Estrada Imperial Romana
O Califado - Porta Otomana
No caminho dos Seljúcidas
O Arábio exército de Saladino
O Albion - Armada de Alemby

Das entranhas do tempo...
As lágrimas de sangue
Os Cânticos dos Degraus
As cimitarras dos beduínos
As romagens dos peregrinos
As rijas varas do Altíssimo
As misericórdias do Santíssimo
A Rainha dos Montes 
Sião,Scopus,Moriah,Hermon,Oliveiras, 
Haram As - Sharif... 

De um Aasverus o sapateiro 
Que negou ao Galileu o Carpinteiro 
Via Dolorosa de Jesus ao Gólgota 
De Quem levou a pesada Cruz 
Simão o africano Cirineu 
Gaza desértico do Evangelho 
Felipe e o mordomo mor etíope
...
Sinédrio e Pretório
Jardim do Mar Morto
Celebração da Fonte da Vida
Perfume de Nablus, Neguév, Golam
As Sete velas... Divina luz
Friso Candelabro Hannuká 
No anelo do Perfeito Perdão 
Dos Filhos da Humanidade
Pertença Comum!
Isaque e Ismael
TODOS NÓS...
YERUSHALÁYIM
SHALOM!
Nataniel Semedo da Silva
Itaobim - Minas Gerais [05 de Junho de 2015]

CONTO:TODOS FILHOS DA MESMA HUMANIDADE! Por Nataniel Semedo da Silva; (Teólogo e professor)

TODOS FILHOS DA MESMA HUMANIDADE!

“Por que esse “maniqueísmo global” forçado, “amigos” de Israel/Estados Unidos ou “inimigos” de Estados Unidos/Israel?

“ A ideia de choque de civilizações tem um aspecto caricatural muito nocivo, como se enormes entidades chamadas "Ocidente" e "Islã" estivessem num ringue, lutando para ver qual é a melhor. Essa imagem das civilizações exibindo seus músculos uma para a outra como Brutus e Popeye no desenho animado é de uma infantilidade atroz”. - Edward Said
   “Jesus insistia em dizer que era filho da humanidade:” “Sou o filho do homem”.Tal expressão assombrosa revela que ele não tinha raça, cor, nacionalidade, religião.Foi o primeiro homem sem fronteira, mas os homens querem aprisioná-lo em seus mundos e dogmas e fazê-lo sua propriedade.”
Augusto Cury, em O mestre da sensibilidade

Cidade de Paris, Dezembro de 2009.Os aeroportos de toda a Europa e dos Estados Unidos da América estão em alerta máxima!A cidade luz, esta está cada vez mais bela, romântica, perfumada e vigiada.Christian James Bashir, um jovem de vinte anos freqüenta o terceiro ano da Faculdade de Relações Internacionais e Muhammad Abdul Cameron encontra-se no último ano do curso de Direito em uma das maiores universidades francesas.Estes dois jovens moram no bairro parisiense de Quartier Latin onde os ventos latinos costumam fazer a curva.O jovem Christian, filho de um americano e uma síria e sua também jovem esposa Aisha, filha de um casal de emigrantes libaneses, como muitas e muitas outras pessoas pintavam a França em variadíssimos cromos étnicos, culturais e raciais, emblemas felizes da multi pertença que caraterizam nosso ethos derradeiro e o cosmos abrangente de todos nós.

Christian James Bashir e Aisha Yakin Khaled constituíam também um arquétipo harmonioso e luminoso do encontro afortunado de “vários mundos”, autêntico tributo á sã convivência e saber estar! Nosso Muhammad era filho de pai afegão e mãe britânica.Sua graciosa esposa era uma israelita nascida na Cisjordânia cujos pais diplomatas tinham vindo trabalhar  na embaixada de Israel na capital francesa.Muhamad Abdul Cameron era um grande ativista social e cibernético.Ele morava na banlieu parisiense onde desenvolvia e liderava vários projetos comunitários no seio dos emigrantes vindos do norte da África.

O carismático Muhammad Abdul Cameron, nascido na França era descendente de uma abastada família de Kaboul.Seus dois irmãos, mais velhos, os gêmeos Hakan e Ylderai  participaram da guerra contra os soviéticos.O tandem Hakan e Ylderai  era conhecido pelo apelido de “Les jumeaux Mujahidins”.David James Garcia oriundo de New México era um ativista político e alto funcionário da Embaixada Americana em Paris.Mister  Diego Sachs Garcia, pai do distinto senhor David James Garcia foi missionário de uma Igreja Baptista do Sul dos E.U.A e acabou sendo assassinado por extremistas num país asiático enquanto sua mãe, a viúva senhora Caroline Gunther Garcia, alguns anos depois, passando perto das Torres Gêmeas, precisamente naquele horrendo 11 de Setembro de 2001, apenas morrera para um enormíssimo susto que quase fez parar o seu coração de vez, quando viu um daqueles “aviões-bomba” explodir contra uma das torres que pouco depois se transformou numa gigantesca montanha de entulho.Muhammad Abdul Cameron tinha vários amigos palestinos, afegãos, iraquianos, bósnios, sérvios, kossovares, russos, tchetchenos, espanhóis de Madrid e do País Basco, norte irlandeses católicos e protestatntes, nigerianos cristãos e muçulmanos, israelitas, ingleses e norte americanos um pouco por toda a França, muitos dos quais alguém da família tinha perecido nas várias guerras e conflitos que assolaram o Médio Oriente, a África, a Irlanda do Norte, Moscovo, a Tchetchênia, a antiga Jugoslávia, onde se cometeram grandes barbaridades.Hannah, a bela esposa de Muhammad Abdul era filha única de um agente da Mossad e de uma riquíssima empresária do ramo de hotelaria de Tel Aviv e ex ativista do El Eyal.

Aisha Yakin Khaled, a esposa de Christian James Bashir era árabe e chorou a cântaros de cerâmica quando algumas de suas amigas americanas de Nova York foram engolidas pelas chamas que se misturaram ao concreto e aço que eboliram o mundo num misto de shock and awk, todavia, motivo de festejos para alguns! 

Christian James e Aisha Yakin eram vizinhos do casal Muhammad e Hannah Abdul Cameron.Estes dois jovens casais, se encontraram, digamos assim, numa espécie de “terreno neutral”, ou melhor, de convergência onde os filhos da humanidade deveriam sempre cantar em uníssono o cântico da tolerância e da harmonia, calando ultra profundo o ribombar das guerras e a voz das armas.Ali, onde as águas do Loire e Gorone abraçam e acalmam Paris e toda a França, lágrimas de ódio e rancor que as sementes do conflito transformaram em frutas demasiadamente amargas ao longo de séculos e milênios com enormes perdas e danos recíprocos, os nossos jovens casais, 

Christian James e Aisha Yakin Khaled Bashir e Muhammad e Hannah Abdul Cameron muito mais conscientes da sua múltipla pertença do que dos germens que espalharam ódio entre os seus antepassados, e acima de tudo cônscios de que eram todos filhos da mesma humanidade, numa convivência, essa sim propulsora dos Nóbeis da paz que premiaria quem realmente fizesse por merecê-la nos mostravam a todos que a vida pode e deve ser realmente bela!Estes nossos quatros jovens são aqueles que cantam o hino dos peace makers, no tributo supremo que a paz merece.E como merece!(Suspiros)!

Esses construtores da paz encontraram na universalidade e diversidade da França as sementes da harmonia e da tolerância no oceano benfazejo do amor enriquecido por rios da tolerância, reconciliação e fraternidade.Quando estes dois jovens casais se encontraram pela primeira vez num restaurante parisiense, desde logo, a conversa que se estabeleceu foi digno dos campeões, de homens e mulheres que se vestem de majestade e que se revestem de alta dignidade.Sim, estes nossos jovens são os homens e as mulheres que como cantou a brasileira Ludmyla Ferber (esta, uma outra mulher também pertença da mais elevada estirpe!) “mesmo sendo perseguidos, desprezados e feridos, permanecem concentrados em cumprir o seu chamado”.E ela continua: “É difícil entender tanta nobreza num só povo.É preciso conhecer o Autor e a Fonte disso tudo...”e tudo isso tem um Nome que esta acima de todos os nomes!Estes nossos jovens, cada um deles, como o mister Albie Sachs diriam: “Por esse motivo, sei-o bem.Ganhei o Céu”, enquanto outros que impunham a espada do príncipe das trevas e esbravejam com ódio mortal: -“Tu vês esta espada?...Só sinto vontade de destruir, matar...” lembrando o execrável e infernal Oulanen de um tal de Marx, dirão com convicção e veneno figadal: “Por esse motivo, sei-o bem.Perdi o Céu! Christian James, Aisha Yakin Khaled Bashir, Muhammad e Hannah Abdul Cameron fazem-nos vislumbrar no fundo dos túneis escuros que riscam a noite deste nosso descampado global, a Luz de uma Esperança Imorredoura!

Certo dia, estes nossos quatro jovens organizaram um encontro festivo banhado de extasiante alegria num parque de Paris e os nossos heróis, como os sinos que tocam ditosos e abençoados nos ensinaram a sonhar, por isso, os agradecemos imenso, porque merecem!(Suspiros)!Estes são os símbolos cintilantes que brilham e falam alto e muito bem, os ícones dourados lapidados na pureza que verdadeiramente sabem ouvir pacientes, enquanto outras palavras, as mentirosas e maquiavélicas, vindas das bocas que moram nas ladeiras descem desenfreadas morro abaixo. Aisha Yakin Khaled Bashir e Hannah Abdul Cameron, colegas da Faculdade de Ciências Políticas e Christian James Bashir e Muhammad Abdul Cameron objetivando mestrado em Relações Internacionais e Direito respectivamente construíram naquele venturoso encontro naquele parque parisiense um monumento á nossa humanidade comum, independentemente da raça, cor ou religião.Uma indescritível alegria que envolvia a todos era o selo da múltipla pertença de todos nós!De repente uma ligeira brisa perfumada, vinda de lá das bandas do rio Loire cobriu o parque de mais frescor ainda.

Naquela tarde memorável da primavera francesa nossos jovens com as suas reflexões escreveram nas estranhas do tempo ( coisas das quais os homens parecem não querer ter conhecimento) o que poderia constituir um verdadeiro Manual de Ética para a Humanidade!Falaram com equidade, conhecimento e sabedoria dos Jardins suspensos da Babilônia, dos Rios Tigre e Eufrates, da Mesopotâmia, da Arte e do Trabalho, de certo jovem que intentou explodir um avião, da Globalização, do Petróleo, das Torres Gêmeas, do Hotel Palestina, da desgraçada Cruzada, do Google, da Coca Cola, da Floresta Amazônica, da Al Qaeda, da CIA, de Wikki Leaks, dos cyber activists e dos wistleblowers, da Guerra de Tróia, de Gengis Khan, da Democracia, de Deus, da Tolerância, da Paz, do Povo, da Sensatez e da Moderação, do são Diálogo entre Civilizações e ainda dos conceitos como Meio Termo, Equilíbrio, Fiel da Balança.Falaram ainda dos prêmios Nobel, da Grécia Antiga e da Atual, dos Mujahidines, das Tropas de Elite, das diversas Armas de Destruição em Massa, do Egipto, da Etiópia, de Roma, da Líbia, de Nova York e de Bagdade, do Capitalismo e outros Ismos, da Bíblia, do Al Corão, do Código de Hamurabi, do Decatlo...tudo com muito conhecimento e sabedoria! 

Pertinho a uma fonte de onde jorrava uma água límpida, em mais um outro cântico da alma e da vida, enquanto os nossos “meninos da paz” partilhavam guloseimas e sucos naturais, a natureza parecia aplaudir-lhes de pé.Alguns pombos, símbolos da concórdia e da fraternidade, lindamente chamados colombes pelos gauleses vieram pousar participando também da intensa e fraterna festa.A doce candura de outros pássaros jovens chilreando incessantemente se misturavam com o espetáculo de um sol a caminho do seu ocaso em mais um dia na sua missão de iluminar o nosso lindíssimo planeta azul chamado Terra.De repente a noite (noite?) envolveu a cidade luz. Estava-se na esplendorosa e muito bem iluminada Paris.Já em Israel, por exemplo, posso ter uma noção nítida e inegociável de que somos todos filhos da mesma humanidade.Que viva a paz!”


   








POEMAS DE NATANIEL SEMEDO DA SILVA

PELOS TRILHOS DA VIDA... 


 E lá vou eu pelos trilhos da vida...
Bebendo a longos tragos do cantil da jornada.
Compondo assim o livro da longa caminhada.
Debaixo das estrelas que cintilam na densa noite.
Como um caminhante que anela por um pernoite.
Dai-me forças oh Senhor!

E lá vou eu pelos trilhos da vida...
O homem que também viveu em tendas.
Aprendendo com a vida as reprimendas.
E as lágrimas que escorem pela face do tempo.
Na labuta necessária resistindo ao contratempo.
Dai-me forças oh Senhor!

E lá vou eu pelos trilhos da vida...
Por entre os gravetos que se espalham pelo caminho.
Na refrega assaz da luta também por um leite ninho.
E não me importa mesmo que a chuva seja diluviana.
A recompensa o beijo infantil da minha princesa Ayanna.
A gratificação o abraço infante do príncipe Yan Lucca. 

Dai-me forças oh Senhor!

E lá vou eu pelos trilhos da vida...
Por entre as folhas secas levadas pelo vento frio.
Pela bruma aqui e ali salpicada por um calafrio.
Mas sei que lá em casa tem azeite na botija.
Mas sei que lá em casa tem farinha na panela.
Dai-me forças oh Senhor!

E lá vou eu pelos trilhos da vida...
Envolto pela atmosfera fria de dias intensos.
Incansável desbravando matagais imensos.
Na arte da labuta montando acampamentos.
Das lembranças perenes os doces momentos.
Dai-me forças oh Senhor!

E lá vou eu pelos trilhos da vida...
O corpo trazendo as marcas do combate.
Resistente na lida pela vida debate e rebate.
Dos olhos que se perdem na leitura dos enigmas.
Na intrepidez de um morávio desfazendo estigmas.
Dai-me forças oh Senhor!

E lá vou eu pelos trilhos da vida...
Pela vasta jornada feita de muitos transpiros.
E os cromos da bela ventura e outros suspiros.
Ao sabor de um chá de gengibre e sumo de ananás.
Na resistência de uma tenaz para vergonha de satanás!
Dai-me forças oh Senhor!

E lá vou eu pelos trilhos da vida...
A caminho do repouso final do guerreiro.
Do amor como o calor de um fogareiro.
Lá em casa há uma bela purse prateada.
E o vaso de flores meu presente do dia das mães.
Muito obrigado Deus pelo pão de cada dia!


ANDEI POR ESTE CAMINHO EM BAURU - SÃO PAULOCOMO VENDEDOR AMBULANTE
TRABALHEI NESTES TRILHOS DE TREM DA AMÉRICA LATINA LOGÍSTICA EM BAURU - SÃO PAULO
  

POEMAS DE NATANIEL SEMEDO DA SILVA

A TRAVESSIA!

Do lado de cá da eternidade fiz - me ao mar alto da travessia!
Pelo cruzeiro das alegrias intangíveis e tristezas sem explicação.
Porque do Rabi da Galileia eu sou oh que satisfação!
Desde a primeira infância cromos e retratos para a posteridade.
Depois do meio dia da vida caminhando já para a sétima idade.
Ajudai - me Senhor a me manter na superfície das águas.
Porque do Rabi da Galileia eu sou oh que satisfação!

Do lado de cá da eternidade fiz - me ao mar alto da travessia!
Velhos armários guardando memórias em preparativos da viagem.
Pela caminhada do fiel Mestre da Galileia a promessa de blindagem!
Ao nobre labor prestando empreitas afugentando maleitas.
Nos alvores de novos ciclos livros pelos caixotes e malas feitas.
Ajudai - me Senhor a me manter na superfície das águas.
Pela caminhada do fiel Mestre da Galileia a promessa de blindagem!

Do lado de cá da eternidade fiz - me ao mar alto da travessia!
A gratidão minha canção mesmo quando repousa a melodia.
Em trabalhos e cuidados dá - me oh Senhor o pão meu de cada dia!
E lá vou eu contando estórias enquanto as milhas não terminam.
Pela travessia lágrimas e abraços provando os brotos que germinam.
Ajudai - me Senhor a me manter na superfície das águas.
Em trabalhos e cuidados dá - me oh Senhor o pão meu de cada dia!

NATANIEL SEMEDO DA SILVA
(Cidade de Bauru - São Paulo, 18 de Agosto de 2012)

(






terça-feira, 24 de outubro de 2017

MEDITAÇÕES E REFLEXÕES - Nataniel Semedo da Silva

NO FINDAR DO VALE... UMA NOVA CANÇÃO!

                                        
“Todo vale será aterrado, e nivelado, todos os montes e outeiros; o que é tortuoso será retificado, e os lugares escabrosos, aplanados. ” - Isaías 40:4

Aqueles que no momento atual, porventura, nos subestimam desdenhando serão surpreendidos de repente e ficarão sobremodo espantados. Seremos um “trilho cortante”! Assim como o nosso Deus transformou Simão Cefas (cana) em Pedro (pedra) Ele também faz do mais frágil junco um instrumento de poder e força para debulhar, para fazer história. Através de um “vale profundo” símbolo de oposição poderosa podemos estar passando por um processo (ainda que doloroso!) cuja “potência lapidar” depois se transformará num “ato glorioso” de ações em cadeia que deixarão o inimigo das nossas almas e seus agentes sem poder de reação.

A “metamorfose” determinada por Deus pela qual estamos sujeitos, algumas vezes, consiste num projeto divino de otimização daquilo que podemos e devemos ser e realizar para Sua glória! O atravessar de “vales sombrios” que também nos é imposto por Aquele que tudo sabe e tudo pode, onde a jornada se apresenta, por vezes, carregada de neblina e açoitada por ventos contrários arremessando “folhas secas” na nossa face entristecida faz parte da grandiosa obra que Deus deseja realizar em nós e através de nós. Em meio a um mundo em turbilhão onde homens encapuzados praticam barbáries assim como foram draconianos os dias do profeta Isaías onde o barulho das pesadas botas dos soldados explodia na atmosfera de uma nação militarizada a graça de Deus sempre basta. "O justo pela sua fé viverá"!

Guiados pelas mãos do Supremo Comandante somos capazes de feitos ainda maiores que os dos antigos profetas e podemos mudar a história e escrever com letras douradas páginas memoráveis para a posteridade. Da estirpe de Abraão, Isaque, Jacó... e abençoados pela dádiva do sacrifico da Cruz de Cristo somos, por conseguinte, também da linhagem Daquele que é o Rei dos reis e Senhor dos senhores. No findar do vale então transformados entoaremos uma nova canção! 


“Alegrai-vos na esperança, sede pacientes na tribulação, na oração, perseverantes” Rm 12:12

MEDITAÇÕES E REFLEXÕES - Nataniel Semedo da Silva

BUSCANDO O PÃO (O JUSTO PELA SUA FÉ VIVERÁ)!

“A necessidade do pão quotidiano impõe silêncio aos cristãos e fez deles nossos humildes servidores”. Protocolo dos Sábios de Sião; Capítulo XIII

“Eis o soberbo! A sua alma não é reta nele; mas o justo pela sua fé viverá”.
Livro do profeta Habacuque Capítulo 2 versículo 4


Estas duas citações são dois opostos em essência que se expressam, a primeira um manifesto de profundo desprezo aos cristãos e uma conspiração orquestrada por uma “mão invisível” que projeta maquiavélico uma afronta (inconseqüente claro esta!) contra os filhos e filhas de Deus. A segunda citação iluminada e celestial vinda do coração de Deus e comunicada através dos séculos permanece viva e verdadeira!
Em grande perplexidade o profeta Habacuque ascende à sua fortaleza e da torre de vigia observa o mundo convulsionado pela violência que se alastrava. Ali, Deus lhe diz que Seu propósito seria cumprido brevemente. Restava então ao profeta esperar vigilante o que lhe fora dito. Ecoa atravessando épocas, conjunturas, reinados e situações as mais diversas e adversas aquela que tem sido ad eternun uma das grandes certezas do povo de Deus: “O justo pela sua fé viverá”!

Se o contexto conturbado onde viveu o profeta Habacuque caracterizava - se globalmente tsunâmico o nosso mundo atual em nada lhe fica devendo. Tal de Nova (des) Ordem Mundial conspirada e desenhada por aqueles que se consideram os “guardiões do poder e do saber” que, nas brechas, ora sub - reptícios “feitos monstros aliens” e outras vezes explicitamente draconianos e impiedosos a ferro e fogo querendo impor-nos a sua lei e a sua sociedade a qualquer custo anseia esquizóide “transformar” os filhos e filhas de Deus em “rebanho de gado miúdo”. Deus nos livre e guarde!

Sob governantes democráticos, aristocráticos, sanguinários, oligárquicos, anarquistas, de ultra direita ou extrema esquerda (suspiros) hetero ou homossexuais... ou peões “neutralmente funcionais” que por de trás das máscaras podem esconder um Proteu ( monstro da mitologia grega) “o justo pela sua fé viverá” (!) e tem o seu pão garantido. Muitos dos homens destes “últimos tempos” apenas têm a aparência de piedade negando - lhe completamente, na prática, a eficácia e a eficiência!

Ainda que certos “gigantes” tentem nos amedrontar sugerindo-nos o “solúvel e o insolúvel” outra vez, benevolente leitor (a) escute a Bíblia Sagrada: “O justo pela sua fé viverá”! Batalhando com brava valentia e revestidos de dignidade vamos, assim, conseguindo o pão para a nossa família. Não aceitemos nenhuma circunstância, sistemas ardilosos ou correntes que visem causar - nos torpor tornando - nos agentes passivos e resignados. Em Cristo somos mais do que vencedores!