quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

FRANCÊS NA PONTA DA LÍNGUA – LIÇÃO 2

AFROBRAZ IDIOMAS
"Um espaço sem fronteiras, ligando o Brasil e o mundo"

Professeur : Nataniel Semedo da Silva

« « Et souviens-toi de ton Créateur aux jours de ton adolescence, avant que ne viennent les mauvais jours et que n’arrivent les années dont tu diras : “Je n’y ai aucun plaisir. ” » »
Le Livre de Qohélet 12:1
« Lembra-te do teu Criador nos dias da tua mocidade, antes que venham os maus dias e chegam os anos dos quais venham a dizer: “Eu não tenho neles nenhum prazer” » »
O Livro de Eclesiastes 12:1



BONJOUR LE FRANÇAIS- BOM DIA FRANCÊS

NIVEAU: DEBUTANTS - NÍVEL PRINCIPIANTES

DEUXIÉME LEÇON – SEGUNDA LIÇÃO


A – HISTÓRIA DA LÍNGUA FRANCESA

Introdução

Língua românica pertencente à subfamília itálica que, por sua vez, pertence à família indo-européia. É o idioma do povo francês. Também é a língua oficial da Bélgica, Suíça e de países e regiões que são, ou foram, colônias francesas: Guiana Francesa, África norte-ocidental, Indochina, Haiti, Madagascar e parte do Canadá.

Origens

Os primeiros habitantes da França foram os gauleses, um povo celta. Com a conquista do território por Júlio César, no século I a.C., as tribos gaulesas abandonaram a língua celta e adotaram o idioma das legiões romanas, o ‘latim popular’. No século VII, o latim havia sofrido numerosas modificações devido à invasão dos povos bárbaros de origem germânica e à adoção de palavras gregas.

Evolução

Durante a alta Idade Média, começaram a evoluir duas línguas diferentes: a langue d'oïl, ao norte do rio Loire, e a langue d'oc, ao sul. De cada uma delas originaram-se vários dialetos. Os principais da última língua mencionada são o provençal, o gascão, o languedociano, o auvernês, o lemosino e o bearnês. Esta língua, utilizada por uma importante escola de poetas e trovadores, foi também chamada de provençal. Os dialetos da langue d'oïl receberam o nome das províncias setentrionais nas quais eram falados: frâncico, Île-de-France, região de Paris, normando, picardo (Picardia), pictavino (Poitou) e borgonhês. O francês moderno é a forma derivada diretamente do dialeto da Île-de-France.

Francês como língua internacional

No início do século XVII, François de Malherbe triunfou ao definir uma norma exata para usar palavras francesas em suas obras poéticas e críticas. Um passo decisivo para a reforma foi a compilação do ‘Dicionário’ patrocinado pelo cardeal Richelieu no século XVII, na fundação da Académie Française (1635). Durante o reinado de Luís XIV, o idioma alcançou o ponto culminante de sua história, convertendo-se em língua internacional da Europa, sobretudo no âmbito diplomático e científi
As mudanças que ocorreram posteriormente limitaram-se a modificar a pronúncia, simplificar a escrita e introduzir neologismos.

...Mais História
Se bem que no passado muitos franceses gostassem de se referir à sua ascendência dos ancestrais Gauleses ("Nos ancêtres les gaulois"), resta muito pouca influência céltica no francês actual. A maior parte do vocabulário é de origem latina e germânica (da língua dos Francos).
Originalmente eram faladas muitas línguas e dialectos no actual território francês. Entre elas havia vários dialectos de langue d'Oïl, (como o Picardiano, o Valão, etc.), dialectos occitanos (o gascão, o provençal, etc.), o bretão, o basco, o catalão, o baixo alemão, etc., mas com o tempo o dialecto da Île-de-France (a região em torno de Paris), o franciano, suplantou os outros e transformou-se na base para a língua francesa oficial. O mais antigo texto em francês são os Juramentos de Estrasburgo, datado de 842; a língua, tal como era no período que vai até cerca de 1300, chama-se francês antigo, depois recebe o nome de francês médio e, finalmente, francês moderno. O francês antigo transformou-se numa língua literária com as chansons de geste que contam as histórias dos paladinos de Carlos Magno e dos heróis das Cruzadas. Através do Decreto de Villers-Cotterêts, em 1539, o Rei Francisco fez do francês a língua oficial dos procedimentos administrativos e de corte em França, desalojando o latim, que era usado até então. Atualmente foi adotado pela ONU como a segunda língua mais falada no mundo.

La Francophonie é uma organização internacional de países e governos francófonos.
Historicamente, ao longo de quase 300 anos, o francês foi também a língua das classes dirigentes e do comércio de Inglaterra desde o tempo da Conquista Normanda até 1362, quando o uso do Inglês foi retomado.
Também muito importante é o papel da Aliança Francesa para a expansão do francês pelo mundo.

Dialetos do francês
• Francês belga
• Francês suíço
• Francês quebequense
• Francês acadiano
• Francês cajun
• Francês parisiense
• Francês marselhês

Vogais
A tabela abaixo mostra os vogais da língua francesa:
i si si 'se'
e se ses 'seus, suas'
ɛ sɛ sait 'sabe'
sɛʁ serre 'estufa'
y sy su 'sabido'
ø sø ceux 'estes'
œ sœʁ sœur 'irmã'
ə sə ce 'este'
a sa sa 'sua'
u su sous 'sob'
o so sot 'tonto'
ɔ sɔʁ sort 'destino'
ɑ~ sɑ~ sans 'sem'
ɔ~ sɔ~ son 'seu'
ɛ~ sɛ~ saint 'santo'

Consoantes
Bilabiais Labio-
dentais Dentais Palato-
alveolares Palatais Velares Uvulares
Oclusivas
p b t d k g
Nasais
m n ɲ (ŋ)
Fricativas
f v s z ʃ ʒ ʁ
Laterais
l
Palatais Labio-Palatais Labio-Velares
Aproximantes
j ɥ w

B - GRAMMAIRE/ORTOGRAPHE – GRAMÁTICA/ORTOGRAFIA

Os Verbos Básicos 'être'(ser/estar) e 'avoir'(ter)
Com o seu primeiro contacto com a língua Francesa, você vai aprender um pouco sobre os verbos 'avoir' (ter) e 'être' (ser/estar).
Nous sommes la famille Fonseca Nós somos a família Fonseca.
J'ai un bon mari. Eu tenho um bom marido.

Iremos agora ver com pormenor como estes dois importantes verbos são conjugados, ou seja, como se altera a sua terminação dependendo da pessoa em que são usados:

ÊTRE-SER/ESTAR
Pessoa Singular e Plural

je suis
(eu sou/estou)
nous sommes
(nós somos/estamos)

tu es
(tu és/estás)
vous êtes
(vós sois/estais)

il est
(ele é/está)
ils sont
(eles são/estão)

Obs. Memorize as formas do verbo 'être' (ser/estar), e em seguida observe o verbo 'avoir' (ter):

AVOIR-TER
Pessoa Singular Plural

j'ai
(eu tenho)
nous avons
(nós temos)

tu as
(tu tens)
vous avez
(vós tendes)

elle a
(ela tem)
elles ont
(elas têm)

Provavelmente você já reparou que usámos os pronomes 'elle' e 'elles' em vez de 'il' e 'ils' na tabela acima. Você pode traduzir 'il' e 'elle' directamente para 'ele' e 'ela'. Os pronomes 'ils' e 'elles' são as suas formas no plural, respectivamente. Eles são directamente análogos aos Portugueses 'eles (masculino)' e 'elas (feminino)'.

C- ARTIGOS DEFINIDO E INDEFINIDO
O Artigo Definido
Em Francês, existem exactamente dois géneros gramaticais. Eles são chamados masculino e feminino. Cada nome em Francês tem um destes géneros. Os artigos definidos Franceses com estes géneros são 'le' (masculino) e 'la' (feminino).
Aqui estão alguns vocábulos já conhecidos mas também alguns novos. Por favor aprenda cada palavra abaixo juntamente com o seu artigo Francês para que no futuro você possa usar essas palavras correctamente em diferentes contextos.

l'épouse
(a esposa)
le mari
(o esposo)
le fils
(o filho)
la fille
(a filha)

la soeur
(a irmã)
le frère
(o irmão)
le chien
(o cão)
l'arbre
(a árvore)

le ballon
(a bola)
la banane
(a banana)
la chaise
(a cadeira)
le chapeau
(o chapéu)

la commode(a cômoda)
le crayon
(a caneta)
la fleur
(a flor)

Você certamente reparou que o artigo Francês 'le' é substituído por 'l' mais uma apóstrofe antes da palavra 'arbre' (árvore). Sempre que o nome que segue qualquer artigo definido (independentemente do artigo ser 'le' ou 'la') começa com uma vogal (ex 'arbre'), o artigo fica reduzido a 'l' mais a apóstrofe. Como vogais queremos dizer a, e, i, o ou u.
l'ami o amigo
l'amie a amiga
l'oncle o tio

O Artigo Indefinido
Em Português, os artigos indefinidos são 'um' (masc.) e 'uma' (fem.). Os dois artigos indefinidos Franceses (um para masculino e outro para feminino) são: 'un' e 'une', onde 'un' é para palavras masculinas e 'une' é para palavras femininas.

Em seguida, você terá oportunidade de conhecer ainda mais vocabulário Francês juntamente com os seus géneros gramaticais. Mais uma vez, palavras com o artigo 'un' são masculinas e aquelas com o artigo 'une' são femininas.

un garage
(uma garajem)
un gâteau
(uma torta)
un journal
(um jornal)
une lampe
(uma lâmpada)

un lit
(uma cama)
une maison
(uma casa)
un oeuf
(um ovo)
un parapluie
(um guarda-chuva)

une pomme
(uma maçã)
une robe
(um traje)
un sandwich
(um sanduíche)
un téléphone
(um telefone)

un téléviseur
(um televisor)
Gramática
ESTUDO DOS VERBOS NO GERAL
Existem três categorias verbais principais: os verbos que terminam em -er, -ir e ir-oir-re.
Os verbos franceses são comumente conjugados em cinco tempos simples e cinco tempos compostos. São também conjugados nos tempos "literários" ou "históricos", cada um dos quais tem um tempo comum equivalente. Estes tempos literários são utilizados com freqüência em literatura e em história. Existem dois tempos literários simples e três tempos literários compostos.
Os tempos comuns simples são: o presente (le présent), o pretérito imperfeito (l'imparfait), o futuro (le futur), o subjuntivo (le subjonctif) e o condicional (le conditionnel).
Os tempos comuns compostos são: o pretérito perfeito (le passé composé), o mais-que-perfeito (le plus-que-parfait), o futuro perfeito (le futur antérieur), o imperfeito subjuntivo (le subjonctif passé) e o passado condicional (le conditionnel passé).
O pretérito perfeito é o tempo comumente usado para descrever acções que foram começadas e concluídas no passado.
O imperfeito é o tempo utilizado para descrever acções que se prolongaram no passado ou para descrever acções habituais ou repetitivas. Os subjuntivos, presente e passado, são utilizados para exprimir dúvida, emoções, possibilidades e acontecimentos que poderão ocorrer ou não.
Os tempos literários simples são o passado simples ou passado histórico (le passé simple), substituído na linguagem vulgar pelo pretérito perfeito, e o imperfeito subjuntivo (l'imparfait du subjonctif), substituído em linguagem corrente pelo presente subjuntivo.
Os tempos literários compostos são o passado anterior (le passé antérieur), usualmente substituído pelo mais-que-perfeito; o mais-que-perfeito subjuntivo (le plus-que-parfait du subjonctif), geralmente substituído pelo passado subjuntivo; e uma segunda forma do passado condicional.
Dos tempos literários, só o passado histórico tende a ser ainda utilizado. Se bem que as distinções gramaticais se tivessem perdido quando os tempos literários caíram em desuso, elas não eram suficientemente importantes para que isso tivesse gerado confusão.
Obs.Além destes tempos, existe um imperativo, um particípio e o infinitivo. Todos eles podem ser inflectidos para tempo (presente e passado), embora o imperativo passado seja bastante raro.
Verbos Auxiliares
Em francês, todos os tempos compostos são formados com um verbo auxiliar (ou être, "ser", ou avoir, "ter"). A maioria dos verbos usam avoir como verbo auxiliar. As excepções são dezesseis verbos comuns de movimento e todos os verbos reflexivos.
A distinção entre os dois verbos auxiliares é importante para a formação correta dos tempos compostos e é também essencial para a concordância do particípio passado.
O particípio passado
O particípio passado é usado em francês quer como adjectivo, quer para formar todos os tempos compostos da língua. Quando é usado como adjectivo, segue todas as regras de concordância normais na língua, mas quando é usado em tempos compostos, segue regras de concordância especiais.
Os verbos terminados em -er formam o particípio mudando a terminação -er para -é; os verbos em -ir formam-no mudando -ir para -i, e verbos -re mudam para -u. Assim, o particípio passado de parler, "falar", é parlé; para finir, "acabar", fini, e para vendre, "vender", vendu.
As regras de concordância para os particípios passados diferem para os verbos-avoir e os verbos-être (veja "Verbos auxiliares para os tempos compostos"). Para os verbos-avoir, o particípio passado não concorda com o sujeito, salvo se o objeto direto vier antes do verbo, seja sob a forma de um pronome, seja numa cláusula relativa usando que.
Para os dezasseis verbos-être comuns, o particípio passado concorda sempre com o sujeito. Para os verbos reflexivos, o particípio passado concorda com o sujeito, salvo se existir um objecto direto ao verbo reflexivo.

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