sábado, 20 de janeiro de 2018

MEDITAÇÃO DIÁRIA: E AGORA SENHOR PÔNCIO PILATOS? Por Nataniel Semedo da Silva


E AGORA SENHOR PÔNCIO PILATOS?

“Vendo Pilatos que nada conseguia, antes, pelo contrário, aumentava o tumulto, mandando vir água, lavou as mãos perante o povo, dizendo: estou inocente do sangue deste [justo]; fique o caso convosco!” - Mateus 27: 24

Existem homens e mulheres, os quais, seria “menos pior” para os seus inimigos se os mantivessem vivos.Há um mito que se alastra e envolve certas pessoas tornando-as, porventura, muito mais “poderosas e influenciadoras” depois que os seus corações param de bater.Na memória coletiva da humanidade “permanecem” vidas e obras capazes de alterar o rumo da própria história, isto porque a personalidade e o legado jamais se sepultam voltando na lembrança dos acompanhantes do cortejo fúnebre. Certos homens e mulheres escreveram para sempre seus nomes nos anais e nas odes universais de exaltação! 

“E Jesus, clamando outra vez com grande voz entregou o espírito” - Mateus 27:50. A violência sem limites à qual submeteram Jesus de Nazaré, O Cristo, roça o inenarrável e é extremamente difícil de explicar “pelos elaboradores” do laudo pericial das causas da sua morte física. Crê-se que depois de Lhe terem aberto o lado com uma lança ter-lhe-ia vertido uma mistura de sangue coagulado e suor. Incomensurável vilipendio provocou-Lhe um clamor de bradar aos céus e que ainda hoje ecoa procurando abertura e guarida redentora nos bastidores dos filhos da humanidade.

Num cenário praticamente indescritível nosso planeta cobriu-se de trevas do meio dia às três horas da tarde num prenúncio do que ainda estava por vir. Depois da morte de Jesus Cristo o centurião e outro algoz que com Ele estava se abismaram profundamente em enorme temor dizendo: ”Verdadeiramente este era Filho de Deus”. A criação entrou em colapso em meio a um galáctico terremoto que fendeu as rochas e abriu os sepulcros para a ressurreição de muitos santos que dormiam. O coração dilacerado do Rabi da Galileia parara de bater... E agora senhor Pôncio Pilatos? O alto dignitário do império romano demarcando-se covardemente da sua responsabilidade, de maneira ilegal, entregou Jesus à fúria assassina da turba em esquizofrenia. Pôncio Pilatos era um romano da ordem equestre, pertencente à classe média superior, um operacional militar e judicial e quinto procurador da Judeia. Acresce-se-lhe ainda o controle do Templo. Era um homem de amplos poderes, podendo inclusive reverter as sentenças decretadas pelo Sinédrio o Tribunal Supremo dos judeus ratificando-as ou não tanto para a vida ou para a morte.

O cinismo de Pilatos é também o maquiavelismo de outros tantos dos nossos dias que em barganhas pela defesa irracional dos seus interesses egoístas “fisgam a verdade na ponta do anzol” entregando-se às trevas e à desgraça. Então muitas vezes instalam-se as “varandas de Pilatos” e os “tribunais de Lynch” enquanto comandos infernais manobrando suas marionetes promovem linchamentos e jogam no fogo e às feras homens e mulheres inocentes. De Pilatos não reza a história dos feitos que mereçam hinos, antes pelo contrário. Por outro lado, existem homens e mulheres cujas mortes se revertem em ganhos. Jesus Cristo é o arquétipo perfeito, o modelo incontornável daqueles que depois de mortos continuam "falando" e tem como herança uma multidão de seguidores! (Mt 27:17-26)




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