CONTINENTE
AFRICANO - O TRABALHO E A ARTE.
(*Baseado em pesquisas e, que este vosso servo africano transformou em DIÁLOGO).
Nataniel Semedo da Silva
Teólogo e professor free lancer de Francês e Inglês
PRELÚDIO (IMAGINÁRIO)
Camarões - Africa Central, ás margens do Rio Sanagá que corre ligeiro para abraçar o Oceano Atlântico pelo Golfo do Biafra.
[...]
Trabalho – Ás margens deste esplêndido rio o Sol iluminaria intensamente nosso dia se nos permitisse vos saudar com subida sublimação que com toda a certeza justificais!
Arte – Também, se mo permitis deixai-nos ausentar, pois estamos no
caminho das gentes que sobem margem acima, d'onde desce o séquito de pescadores com suas canoas que deste rio ganham a vida.Por estas horas, descem também as mulheres africanas da intensa labuta ladeadas dos seus infantes. Há ainda o povo que por cá passa, amiúde em caravanas, e vem daí
inventa mil e uma estórias!
Trabalho- Dar-nos-ia com enorme prazer ao trabalho de pelo menos tentar
persuadir-vos a que nos deixeis olhar-vos caminhar...
Arte: Senhor, vossas palavras acabam com as nossas...Recebais a nossa
partida sem mais nada dizermos como um cântico de rouxinol cujas asas tocaram
as nuvens de deleite depois de ouvir vossas palavras da mais refinada melodia...Se vossos passeios se dão a caminho de Yaoundé la capitale... Faremos dali nosso caminho na jornada.
Trabalho: Por de mais contente registramos essas palavras em um coração
agora a transbordar de anelo de pelo menos vos ver caminhar, melhor, desfilar e
partir!
Depois de proferir estas palavras Senhora Arte ajeitou suas
compridíssimas madeixas, duas, uma que lhe discoria pela frente da face
cobrindo seus olhos vívidos e a outra despejada fartamente sobre seus ombros esculturais.
Um sol estival ia se levantando timidamente por de traz das montanhas cobertas
por um verde exuberante enquanto ouvia-se o chilrear de pássaros - singers.
Uma fresquíssima brisa se misturava á fragrância do Rio Sanagá na terra de Thomas N'Kono, Roger Mylla, Samuel Eto'o Fils...
Aos poucos a noitezinha tomava conta daquele lugar onde dois
corações começaram a bater mais forte
desde aquele encontro inaugural.A noite como um conto ligeiro passara com
rapidez e era já novo dia. A aurora pintava os céus com fúlgidos raios dourados
enquanto a brisa do rio refrescava a manhã.No dia seguinte Senhora Arte acordou num elogio á vida saltitando num compasso musical da natureza. O dolcíssimo enlevo do memorável dia anterior
enchera-lhe os sonhos de candura assim que mergulhou nas águas profundas de um
sono delicioso, por isso, ao acordar no dia seguinte os suspiros maximizavam-se no
anelo do amor. Com a inspiração jorrando-lhe a potes Senhora Arte era arte na
sua forma mais bela e sublime! Senhor Trabalho, por seu lado, homem madrugador de
sempre preenchera seu dia lapidando ouro de Offir e fabricando jóias umas mais
artísticas e belas que as outras.Ao final
do dia Senhora Arte obedecendo a um apelo que lhe vinha dos lugares secretos
e recônditos do coração bem como á voz do amor quando clama altissonante
dirigiu-se supersônica para a beira do Rio Sanagá. Como a suave brisa que canta
silenciosa quanto todas as coisas repousam numa quietude pacífica Senhor Trabalho
elegante e auspicioso rumou, ele também, em direção àquele mesmo rio onde outro coração afim respondendo ao apelo do amor se envolvera da embriaguez da
mais doce de todos os néctares. Chovia a taças de cristal uma chuva miudinha
parecendo um aplauso da natureza na antevisão de mais um encontro inolvidável.O
coração da Senhora Arte disparou como um bólide que corre para a reta final
almejando com gigantesco afã o triunfo quanto o elegante e auspicioso Senhor Trabalho aproximando - se descia em passos cadenciados em direção ao rio.Logo logo, os dois, Senhora Arte e o jovial-Senhor Trabalho se acharam a
uns dois metros ou pouco menos um do outro.Os dois eternos joviais se fitavam
profundamente na mutualidade do namoro e, por breves instantes, as palavras
sumiram diante da avalanche de fortes
sentimentos que inundavam seus corações.O eloquente e elegante Senhor Trabalho
balbuciou trêmulo as primeiras palavras.A belíssima Senhora Arte, esta,
apenas falara longamente com seus lindíssimos olhos, como que desta forma
explicando tudo o que as palavras costumam mentir, falando verbalmente, a
linguagem da alma.Subitamente, entretanto, o diálogo fluiu como que jorrando
das nuvens densas e ansiosas que anelam deliciar a terra e todos os jardins com
novas bátegas musicais...
Temos então a seguir o primeiro "instante africano" que
convencionamos chamar de Diálogo Inaugural Pós Prelúdio entre duas lendas que se
enamoraram, se casaram e cujas descendências se tornaram imensuráveis...
O DIALÓGO então estabelecido entre os dois eternos apaixonados é uma conversa que ultrapassa épocas,
culturas e civilizações.Ei-la para a humanidade considerar, refletir e analisar
nessa nossa época de todos os choques, de todos os desencontros e
desamores...Mas onde a Arte e o Trabalho
estabeleceram uma aliança para sempre com frutos infinitos...PARA A ÁFRICA E PARA A HUMANIDADE!
(...)
Arte – Queirais proporcionar-nos a felicidade de vos conhecer mais um pouco?
Trabalho- Agradecemos!Vamos começar pelo princípio (passe o pleonasmo) de tudo, in illo
tempore...Um hinário da humanidade chamado Salmos dissertara sobre nós como os
Elevados Atos de Deus!
Arte- O Soberano Criador fizera então menção de vós? Quem sois vós o senhor
afinal? Qual é a vossa genealogia e que mistério vem a ser isto tudo que os nossos
olhos contemplam?
Trabalho – E, se falarmos que também, somos a energia que gira gira gira...
Como uma roda e nunca pára?Talvez isto nos traga para o aqui e para o agora,
para o concreto deste belíssimo lugar desta África Memorável! Pode
ser que sendo uma energia sejamos capazes de nos dar ao trabalho de esperar
para, pelo menos, vermos o vosso sorriso e transportar- lhos nas asas dos sonhos
que se tornam reais...?
Arte (toda suspiros e ofegante!) – Devemos confessar que vossa
personalidade complexa e enigmática nos intriga e ao mesmo tempo nos ex...Excita!
Desculpai - nos!!! As palavras mentem por vezes... É melhor nos calarmos...Temos que partir!
Trabalho – Dar-nos-ia com subida honra e elevado prazer ao trabalho e á
arte de dissuadir-vos de partir...Queirais permanecer só mais um pouco.Dai-nos,
por favor, a alegria de tentar persuadir-vos a sermos os alvos dos olhares discretos que circulam pelas margens do rio testemunhando este belíssimo
momento!
Arte- Mas afinal com quem estamos tendo o encanto de falar?
Trabalho- Bem... Somos a Força, a Cooperação, o Poder, a Eficácia e a Eficiência.Somos
ainda o Labor, o Cansaço, a Labuta...A Refrega eterna que a busca do ganha pão envolve.Somos simplesmente o Jovem-Senhor Trabalho, e pode ser que isto vos ajude a saber quem somos de
facto!
Arte- Sim entendemos.Diligente vos sois assim como são também vossas
palavras. Confessamos, nos en...Enebriam!Desculpai-nos mais uma vez.O enlevo e o
encanto são palavras pequenas para descreverem o que sentimos
verdadeiramente.Desculpai-nos!
Trabalho- Deixeis-nos ver se isto ajuda a abrir um pouco o véu de algum
mistério e assim nos entendermos melhor.Pelo menos dar- nos-emos com elevado gosto ao trabalho de nos explicar mais um pouco, se a vossa paciência for maior que a nossa
prolixidade.
Arte- E então...Vamos lá Senhor!
Trabalho- Certa vez, certo Senhor - Intrusão, também chamado Pecado, sugerido
e persuadido por uma Serpente astuta e letal...Este Senhor - Intrusão, dizíamos,
um marginal suicida e homicida, sem jamais ter sido convidado para a festa do
Éden lá conseguiu adentrar o Jardim da Pureza e da Perfeição.Daquele dia em
diante e por causa da desobediência daqueles que não deviam desobedecer, Senhor - Intrusão, ladrão e usurpador mor fez com que muita coisa fosse
alterado...O Curioso em tudo isto, é que O Criador permitiu que tal Senhor - Intrusão desvirtuasse aquele Majestoso Jardim...Bem, então ao homem, Nosso Criador sentenciou: “Em fadigas obterás dela o sustento
durante os dias da tua vida”. Mas somos Benção como Trabalho, não somos maldição!Viemos de
Deus.Nascemos com a Sua Permissão como se depreende e como apraz verdadeira e
realmente!
Arte – Entendemos perfeitamente, distinto cavalheiro e alegramos- nos
mais ainda em saber de onde vós viestes...
Trabalho (com elevada eloqüência e enorme charme!) - Devemos acrescentar
que somos a antítese do ócio.O reverso polido da licenciosidade.Nada temos a
ver com a displicência ou a bajulação.Estas nossas palavras são, digamos,
poeticamente trabalhadas com honestidade!
Arte (visivelmente enamorada!)- Quantas habilidades e ferramentas...Mas
é patente que muitos mais dons e talentos possuis.Vossa humildade e os vossos
límpidos olhos, janelas da vossa alma singular são a montra de uma
personalidade multidotada. Bem, quanto a nós somos a Arte, simplesmente(risos).
Trabalho – Senhora Arte Simplesmente, enormíssimo prazer é caminharmos ao vosso
lado!
Arte (toda gracejos!) – E como não pedis... Falaremos de nós!
Trabalho- Sim Senhora Arte!
Arte-Nós somos o que o vosso humor, por exemplo, disser que somos, passe
todas as metáforas, eufemismos, comparações, hipérboles, imagens...Passem todas
as figuras de estilo conhecidas e desconhecidas.Somos abstratas sim Senhor, mas
também somos concretas.Como assim?Assim!...Somos o que as pessoas dependendo das
épocas imaginam, pelo bem claro está, que somos.Somos sempre a mesma,
entretanto temos as nossas nuances como o gênero feminino, dependendo do
clima, da puberdade, das propostas que, entretanto aceitamos ou não, das
culturas, das épocas, das civilizações, do TPM...Da menopausa...Deste modo,
talvez, nos definiremos, mas vós também podeis definir-nos se vós quiserdes,
claro esta!
Trabalho-Muito bem!Então, em apenas quatro palavras vai a nossa definição sobre vós.A melhor de todas com certeza(risos!).Sois belíssima e mui sublime!
Era já o subir das estrelas. Havia já muito tempo que o crepúsculo
cedera-se á noite sem que a Senhora Arte e o jovem-Senhor Trabalho
percebessem. Com a Lua, a rainha da noite sorrindo e aplaudindo aquele
maravilhoso encontro ás margens do Sanagá onde o simples camaronês ganha o pão,
Trabalho suplicou uma, duas, três vezes, para que a Arte lhe desse as mãos, ao qual
ela finalmente aceitou com um lindo sorriso engrossando-se-lhe os lábios.Os dois, enamorados,
de mãos dadas subiram lentamente pela margem do rio desafiando a noitinha.Não, benevolente leitor, não houve
beijo nenhum, se é isso que a vossa imaginação já desenha.Não!Nem um “selinho”
sequer!Soube-se depois, entretanto, que as duas lendas do lado de cá da Metafísica vieram a se casar e
tiveram muitos descentes que se estenderam perenes pelos quatro cantos da terra...
AFRICA - TRABALHO NO LIMITE E ARTE INAPAGÁVEL!
Em um luxuoso Resort da Líbia no norte da África - Perfumada Varanda Mediterrânica que olha
para a Europa (a mítica "Princesa Fenícia raptada por Zeus"...).
Trabalho - Sobre a riquíssima arte africana, apetece-nos beber a longos
tragos pelo gargalo da sua vastíssima e inebriante história!
Arte- Muitíssimo há por falar sobre a expressão artística do Continente Africano. Sobre a África poder-se ia escrever bibliotecas sem fim versando a
arte nas suas múltiplas formas, mas como não temos o dia todo só para isto (risos!) apenas vamos tecer sumárias considerações e adiantar-vos algumas
informações...
Trabalho - Muitíssimo obrigado! Desde logo, o enigmático período Meroe, por exemplo, nos intriga...
Arte - Durante o Período Meroe (450 a.C. e 300 d.C.) esplêndidas esculturas em
forma de carneiro simbolizando o deus Amun tido como o rei dos deuses egípcios
tanto quanto força criadora da vida eram engenhosa e artisticamente
trabalhadas. A arte era muito atrelada à religião nesse período como facilmente
se percebe.
Trabalho- Muitíssimo interessante esta informação.Mais a mais dar-nos-ia
com imenso prazer ao trabalho árduo de vasculhar sobre os “Discursos do Aldeão
Eloqüente”, conhecer muito mais África dos Papiros Anastasi e as Cartas de
Amarna, dos Montes Atlas e do lendário Rio Nilo, de Sevene e da Núbia, de
Sirene e de Cartago, Dalém dos “Rios da Etiópia”; os ícones Imotepe, Ptá-Hotepe
e Nefertite, do Sahara, dos Tasobadarianos, de Wanamum, das “Instruções para o Rei
Merikare”; de Timbuktu e de Zanzibar, de
Ceuta e de Tanger; dos filhos bantos, yorubas, dahomeys, bacongos...E também de
Ebede-Meleque que salvou o profeta Jeremias do poço de lama, do excelente
governador Zafenate-Panéia e sua Senhora Azenate, de Simão de Cirene que ajudou
a carregar a pesada Cruz de Jesus Cristo...E mais, muito mais sobre este
belíssimo continente de gentes majoritariamente de cabelos enroscados e que,
sabe-se, cimentou no estudo das leis da natureza muitos sistemas civis e
religiosos que, sim senhor, governam o universo!
Arte- Teremos o deleite de dissertarmos sobre isto tudo... A nossa conversa é de milênios como muito bem
sabeis(risos!).
Trabalho- Com a vossa absoluta permissão, apenas e só, mais uns
salpicozinhos se nossa doce e perfumada Senhora quiserdes. Se não, está também
tudo muito bem!
Arte - Falar mais um pouco que seja da imensa África e de todo o seu
esplendor do passado e do presente é sempre um desafio de deleite como mui bem
sabeis amado Senhor!
Trabalho- Obrigadíssimo...Com Mui Elevada Satisfação!
Arte - Vamos lá, então...Temos também que a escultura como uma das
disciplinas artísticas era e é muito bem amada pelos africanos!
Tarabalho - Sim... O ouro, o bronze e o marfim eram na antiguidade as
matérias primas de eleição usadas pelos criadores deste vastíssimo continente.
Arte (toda gracejos!) -Antes de tudo vós sabeis, de facto, que toda a
história africana nos enleva e como bibliotecas e museus todos não cabem
vastíssimo acervo africano. Comecemos sim então, especificamente, por aquilo
que sabemos (?) da sua riquíssima escultura!
Trabalho - E como são inpapagáveis e,
não poderia ser de outra forma, as famosas esculturas dos Nok, belíssimos
tesouros da humanidade!
Arte – Nas obras primas Nok, aqui também trabalho inteligente e arte
aprumadíssima!
Trabalho – Quão sublimes hinos á arte e tributos ao trabalho constituem o
acervo da Corte de Benin, por
exemplo!(Suspiros)
Arte – Indeléveis nas marcas do tempo, açoites das épocas e dos homens... Invioláveis
aos Branqueadores da História perduram imperiais as origens da história deste
continente.Cravadas estão na história dita oficial e omitidas naquela não
contada, como são exemplos paradigmáticos a arte africana rupestre do Sahara
com os seus entalhes de vastíssimos séculos (Que arrepio!!!)
Trabalho- E como trabalharam ciclópico em bronze e a terracota no tributo à
produção artística nossos fiéis e abnegados africanos do labor intenso.Com imensa
justiça merecem louvores!
Arte - Sabe-se
que esta arte com a terracota cujo processo criativo precisa de uma temperatura
de quase mil graus ao mesmo tempo evidencia resistência exígua e elevado nível
de porosidade.
Trabalho-Temos
que, por exemplo, vasos, tijolos, telhas...Também são produzidos com terracota,
próspera em óxido de ferro, não é verdade?
Arte – Sim, e não menos interessante e curioso constitui o seu trabalho e
arte de acabamento com uma ligeira superfície vítrea peculiar cuja finalidade é
a compactação.
Trabalho-Tudo isto e muito mais (mesmo muitíssimo mais!) é o labor e a arte
africana se se não escamotear os
trabalhos em metal de Ile Ife fundição em bronze e latão... E mais e mais vastíssimo labor e
arte AFRICANÍSSIMOS!
Arte – Lendária Anambra, mítica Igbo-Ukwu...Profunda
e enigmática Nigéria...Profundíssima África!!!
Trabalho-Sua excelência Senhora , mui
querida!Para quando uma revisita á Africa...A Igbo-Ukwu? Do mistério e da História que se pretende escamotear para lá nos chama insistentemente!
Arte – Grandessíssima África de facto, desde os Montes Atlas ao Nilo mítico, da Esplendorosa Sevene e da Incontornável Núbia, dos Memoráveis Sirene e Cartago, Dalém dos “Rios da
Etiópia e da Guiné” ao Cabo Arsinário, ás paradisíacas ilhas de Cabo - Verde... E de tudo o mais, da
emblemática Nefertite, das Esfinges enigmáticas e das múmias misteriosas ...Tantíssima
África, Tantíssimo Trabalho, Tantíssima Arte...Dos Tuaregs, dos Beduínos e dos Massais...De toda a Abissínia, de Addis Ababa, dos Papiros em vasos de
cerâmica, dos Livros e das Estórias veladas, dos Baús selados, dos jazigos, das
efígies, dos epitáfios sem explicação votados ao esquecimento dos homens, das
memórias coletivas solapadas... Dos "Queimadores do Mundo"...Das Cartas e Pergaminhos que os Branqueadores da História levaram...Af,ef,if,of,uf...Enfim Serafim Sem Fim de enes Odes á Humanidade esquecidas no Sumptuoso e "Pobre" Continente Africano!
Trabalho - Para quem não
sabe, nas montanhas escuras de Wallo, no norte da Etiópia, erguemos uma
obra-prima em pedra viva. Sem falar das Igrejas Monolíticas escavadas nas rochas de basalto vermelho dos Montes de Amhara.
Arte- Ah belíssima África LABORIOSA E ARTÍSTICA!
Trabalho- Toda aurora, meio
dia e crepúsculo da humanidade que a todo o custo e em todas as épocas se
tentou e se tenta eclipsar e apagar...Como se TODA A ÁFRICA fosse "Apenas Noite e Sem Madrugada" (!) como a lindíssima cor Nok das suas gentes!
Arte-Memorável África!!! Intensíssimo Trabalho... Universalíssima e mítica Arte para toda a Humanidade!!!
Trabalho - No Antigo Egipto este
espetacular e glorioso país homenageávamos a própria morte onde os ornamentos
pintavam a crença na vida pós morte, utilizada na mumificação dos mortos bem
como em memoriais póstumos dos homens e bustos dos deuses. Nos túmulos e nos
mausoléus a escrita escreveu-nos em símbolos chamados hieróglifos...
Trabalho- Bem esta Senhora Arte, sempre charmosa e sábia através dos
tempos!Como imaginais desejamos ouvir-vos ainda mais se assim vos apraz. Extasiamo-nos
sobremodo escutando tantas informações valiosas vindas da sua processada e
ornamentada sabedoria!
Arte- Tanto elogio sincero, amado, inspira-nos a abrir os Baús, as
catacumbas e, se possível correríamos ainda atrás dos Beduínos e juntos desenterraríamos
os pedaços dos vasos de cerâmica que os branqueadores da história espatifaram...
Trabalho- Estamos satisfeitíssimos já com toda a vossa arte e engenho de
amar e laborioso empenho nos artísticos cuidados para connosco!!!
Arte – Se mo permitis queríamos falar mais um pouco sobre o Antigo
Egipto este PORTENTOSO país do nascer da alva ao subir das estrelas desde o tempo dos Tasobadarianos, bem anteriores aos Faraós Dinásticos. Tivéssemos o dia todo falaríamos com imenso prazer dos
fabulosos Papiros Anastasi bem como das Memoráveis
Cartas de Amarna, aquelas famosas Tábuas de dimensões reduzidas, mas de um Valor Incalculável para o Conhecimento da História da Humanidade da Nossa Pertença Comum! Este conjunto de Cartas, digamos, Diplomáticas do Antigo Egipto
no contexto dos Reinados de Amen-hotep III e de Amen-hotep IV conhecido como Akhenaton obra e arte da escrita acádica a língua das Relações Internacionais á época.
Trabalho- E quanto à moda, esta arte que vos embeleza ad eternum que
dizeis-nos?Estamos mui ansiosos por saber!
Arte- Ainda sobre o Antigo Egipto, concretamente sobre a moda, devo
dizer - vos que inicialmente os egípcios utilizaram o algodão que mais tarde cedeu
seu lugar ao linho.Havia-o de vários tipos como o linho real, o tecido fino e o
tecido suave.Os homens, estes, os engraçadinhos de todas as épocas vestiam uma
saia mínima com um detalhe estranho chamado schenti, enquanto as mulheres da classe mais elevada usavam um
costumeiro vestido comprido e exíguo ao corpo apelidado de kalasiri, umas peças
que tapavam os seios e uma outra indumentária que pudessem protegê-las nos dias
mais ensolarados.Na arte de Bem Educar duas Casas se destacaram, a Casa da
Vida, Per Anj em egípcio que se dedicava ao ensino de nível mais avançado e a
Casa Jeneret, a dependência da Rainha da Instituição onde reinavam também as
doces melodias da harpa, do alaúde e ainda da flauta.A Esplendorosa Casa
Jeneret esta se dedicava á arte de bem vestir, ao requinte da beleza e da limpeza
assim como à faculdade de olaria, tecelagem e carpintaria.O diretor, este,
ostentava o elevado título de Sehpset que significava “venerável”.
Trabalho - Que belíssima lição de História esta a que nos deliciamos a
ouvir sem nenhum enfado, antes pelo contrário, com mui elevado êxtase!
Arte- Não é para tanto, Generoso Senhor Trabalho, mas se isto fazei-vos mui alegre
contentamo-nos demasiado em saber!
Trabalho- Juntando a arte ao trabalho, nossos antepassados construíam
obeliscos espetaculares, não foi assim?
Arte- Foi assim!Viajemos agora ao longínquo Aksum?
Em
Aksum existe uma capela, onde segundo reza a crónica, repousa guardada
por freis e freiras exímias na arte de defesa e ataque, a Arca da Aliança.O
mito (?) diz que essa Arca contém o poder de destruir o mundo bem como de outros
feitos Galácticos...
Trabalho - Por nossa IMENSSÍSSIMA (!) gratidão aceitais o convite para uma
visita a Aksum, este museu a céu aberto da humanidade?
Arte - Subida honra isto que a nos contemplais... Não podemos e nem devemos
recusar o convite deste presente!
Trabalho - Muitíssimo obrigado Senhora Arte!
Arte - Mui agradecidos estamos nós Senhor Trabalho!
Trabalho - Marquemos por ora uma data... Pode ser pela altura da Copa do
Mundo de Futebol na África do Sul onde toda ÁFRICA estará em festa?
Arte - Muitíssimo bem, Senhor Trabalho!!!
(...)