sexta-feira, 27 de abril de 2018

MANIFESTO PELA JUSTIÇA E PAZ SOCIAL SOCIAL COM GANHOS COMPARTILHADOS!

A PRIMAVERA QUE CHEGA DA BRUMA SECA E DA POEIRA ATIRADA AOS NOSSOS OLHOS EM QUASE 50 ANOS

Uma proposta de Nataniel Semedo da Silva
São Paulo - Brasil, 23 de Abril de 2018


“O homem de Cabo-Verde foi sempre habituado a engolir a revolta. Acomodação essa duramente condenada ainda agora”; Teobaldo Virgínio [poeta cabo - verdiano], In Cabo - Verde Parágrafos do meu afeto

[...] Aqui estamos nós (O POVO DAS ILHAS!). Na primavera que não é árabe nem da gelada Ucrânia. Estamos vindo da bruma seca e da tempestade de poeira que nos atiraram aos olhos. Nós teimamos em existir como povo de combate, apesar da tentativa de nos eclipsar. Senhoras e senhores estamos chegando...

Os enviesados caminhos que traçaram e nos impuseram no pós 1975 ano da nossa Independência fizeram - nos sobreviver numa utopia sem carne e osso de Nação num estado ilusório terrivelmente aparelhado por quem o povo ao longo deste anos colocou no poder para lhe servir. A sanha do poder e sua tentativa intestinal por mantê -lo dividiu o nosso Grande Povo em "ELES E NÓS".

A nova estação vem chegando trazendo o perfume das rosas, das hortênsias e dos jasmins para as nossas mulheres da resistência e os orvalhos da nutrição para as nossas crianças.Somos a restituição do sonho roubado dos nossos jovens e as árvores viçosas e florescentes dos nossos anciãos.A honra dos nossos varões!
“Na vida, não existem soluções. Existem forças em marcha: é preciso criá-las e, então, a elas seguem-se as soluções” - Antoine de Saint-Exupéry

MOTE: QUEREMOS NOSSO CABO-VERDE DE VOLTA!
A opinião pública cabo-verdiana tem sido "Stalin" e maquiavelicamente torporizada restando pequenas manifestações de indignação aqui e acolá.

Os escândalos, também têm acontecido porque a própria democracia e seus jogadores, por vezes, se permitem vender. A "nossa" “se prostitui (u)”, quiçá, seus atuais "atores e atrizes" alienaram-na ao ouro, ao petróleo, aos euros e aos dólares transformando - a, assim, numa “arena quase bárbara”.

Impõe-se, o absolutamente livre pensamento, desamarrando-nos "nesta hora" terrível de “maniqueísmo político” cá na terra que se traduz numa esquizofrénica e antipedagógica bipolarização político - partidária.

Esforçando e reinventando - nos nas reservas inesgotáveis da cabo-verdianidade firmamos em prosseguir no processo da evolução como povo e como nação de alma atlântica, do pensamento independente que voa feito majestoso condor.SOMOS O GRANDE ESPÍRITO CABO-VERDIANO!

O 'Status Quo' que nos foi imposto, o ‘Establishment’(dualista) – O Sistema vigente nas ilhas já deu provas mais do que suficientes de que não serve aos desígnios do POVO DAS NOSSAS ILHAS!

Senhoras e senhores; Excelências!
Estamos nas ruas para Manifestar a nossa profunda indignação com o estado de coisas e de espírito vigentes em Cabo-Verde. Cresce a comoção popular e ouvem-se os clamores por mudanças positivas pelos mercados, chafarizes, rincões, ladeiras, praças, esplanadas, tavernas, esquinas, becos e vales ressequidos das ilhas.

Chegamos na pós pequena-burguesia e miséria que tal Estado Ilusório "de" Cabo - Verde criou transformando a nossa sociedade numa UTI [Unidade de Terapia Intensiva] onde até crianças desaparecem e não existem quaisquer linhas de investigação!

Como negar os flagrantes?Reparem nos bolsões de miséria e abandono pelas brechas e nos altos das cidades.
SENHORAS E SENHORES É INACEITABILÍSSIMO a  licenciosidade, imoralidade, nepotismo, uso 'fáscio' da Coisa Pública e exercício abusivo do poder
 (o caso mais recente envolveu o Comandante Regional da Polícia Nacional (PN) no Sal, Elias Silva arbitrariamente destituído das funções que exercia na sequência das suas declarações a propósito da onda de assaltos registados ultimamente nesta ilha, criticando a lei cabo-verdiana em vigência, dizendo que a mesma “é amiga das armas”).

Sugerimos que os poderes instituídos façam uma autocrítica da sua perversidade e incompetência. Estes que olham para NÓS com olhares de pedra nos transformaram em um povo de combate e que não foge à luta!
Nossos pais apertam os cintos e nossas mães os lenços enquanto caminhamos quase invisíveis como os filhotes de puma. 

Estávamos apenas dormitando mas agora acordamos de vez e já perdemos o sono. Escutem a nossa voz, agora é a vez deste Grande Povo Ilhéu que labuta contra mara e vento faça sol ou bruma seca. Somos o ótimo espírito cabo-verdiano. Somos reais mesmo negando - nos o sonho!

Filosofamos até para tomar um 'banho de caneca' e quebrar jejum no Sucupira.Tateamos no escuro as velas da nossa desolação, enquanto nossas crianças lamentam lá fora.Como os cavalos que trabalham nas minas as lideranças perderam a visão e o 'insight' da situação concreta, do estado real deste ainda projeto de nação.

Todo um quadro e rosário de mazelas e inquietações vêm carregando de angústia o povo das ilhas que não tem visto a realização dos seus sonhos, a materialização dos grandes e legítimos desideratos nacionais. Nossa conjuntura atual é francamente desfavorável à grande massa, em particular. Ficamos á deriva em meio a um mar de dúvidas e de dívida pública. O que nos reserva o amanhã...? 

CHEGAMOS COMO UMA GRANDE CPI - COLIGAÇÃO DO POVO DAS ILHAS. GRITAMOS MAIS UMA VEZ: QUEREMOS NOSSO CABO - VERDE DE VOLTA PARA O POVO DAS ILHAS!
Neste manifesto nos erguemos em uma nova perspectiva no sol primaveril e o orvalho fresco de uma nova madrugada.
Surgimos como uma nova “Consciência Situacional” e "Inteligência Local.Resistimos à prova do tempo e permanecemos inteiros como a grande falange cabo - verdiana, a legião dos inconformados nos alvores de um novo ciclo, no limiar de um novo portal do tempo na existência do Povo das Ilhas.Estamos propondo um Outro Nível de Competição Política e Contrato Social com Ganhos Compartilhados Equitativamente!

SENHORAS E SENHORES; EXCELÊNCIAS!
Muitíssimo obrigado pela vossa atenção relativamente a este MANIFESTO!

“Mas todos os que viverem me encontrarão agitando a minha lanterna de todas as cores na linha de todas as batalhas”; Baltasar Lopes da Silva “Nho Balta”

Cidade da Praia, final do mês de Março de 2018.

Organizações e entidades que subscreveram o Manifesto
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