quinta-feira, 30 de novembro de 2017

RENASCIMENTO AFRICANO... - 'I ALSO HAVE THIS DREAM'! EU TAMBÉM TENHO ESTE SONHO! Nataniel Semedo da Silva


RENASCIMENTO AFRICANO...

    - 'I ALSO HAVE THIS DREAM'!


EU TAMBÉM TENHO ESTE SONHO!

Nataniel Semedo da Silva
(Teólogo e professor free lancer de Francês e Inglês)

“Eu devo meu ser para as colinas e os vales, as montanhas e as clareiras, os rios, os desertos, as árvores, as flores, os mares e as estações sempre em mutações que definem o rosto da nossa terra natal....”
(Mr.Tabo Mbeki)

Temos que a vitória da África, por conseguinte seria, naturalmente, a Vitória de toda a humanidade, com certeza! Enquanto houver desigualdades sociais abismais, expectativas e oportunidades praticamente nulas para outros tantos e sonhos roubados e assassinados continuará havendo filas intermináveis de pessoas no Hemisfério Sul tentando conseguir um visto de entrada para os países do Hemisfério Norte aumentando cada vez mais a pressão sobre estes países sem falar da violência como causa e consequência! 



Kilimanjaru não é inferior ao Monte Olimpo nem Serengeti menos importante que Central Park; Menfis, Tebas e Núbia não são inferiores a Florença, Veneza...TransAlpes. Nefertite não é menos que Lady Diana ou princesa Kate Midleton; o recíproco também é verdadeiro!Sou cabo - verdiano, africano, cidadão do mundo e estou escrevendo daqui de Bauru, interior de São Paulo, Brasil. Hoje se exacerba o maniqueísmo e a xenofobia de homens esquizoide. A expectativa e a confiança de muitos ao sul da linha do Equador vai-se esfumando diante das volúpias e convulsões num espiral monstruoso!

Devemos todos lembrar que as chagas da África e da América Latina, para falar apenas destes, são as chagas de todos nós! Um Renascimento africano iluminado, terapêutico, pedagógico, pacífico e redentor seria a cura e a esperança do mundo. Não será uma "Pax Africana" estendendo Globalmente Caminhos Imperialistas. Acredito num Renascimento africano como parte de um Projeto de Reinvenção do nosso mundo e da Civilização Humana, com uma Revolução Ideológica Congregacionista a nível universal onde novos ventos melodiosos soprariam em toda a terra abrindo um Portal de Bem- Estar Global Comum!

O Esplendor Africano pode (e deve!) voltar!!!
"(...) O rico rei de Timbuktu...Mantém um magnífico e bem mobiliado tribunal...Eis aqui uma grande reserva de médicos, juízes, sacerdotes, e outros homens letrados, que são generosamente mantidos as expensas e encargos do rei.E cá são trazidos diversos manuscritos ou livros escritos fora de Barbárie, que são vendidos por mais dinheiro do que qualquer outra mercadoria ".
(Leo Africanus, no início do século 16)

QUILOMBOS - A ÁFRICA DO LADO DE CÁ DO ATLÂNTICO!Nataniel Semedo da Silva São Paulo - Brasil



 QUILOMBOS - A ÁFRICA DO LADO DE CÁ DO ATLÂNTICO!

A África crescia assim nas terras da Icamiaba Brasileira. Mais tarde essas comunidades receberam o nome de Quilombos.Ali surgiu um herói negroide chamado Zumbi dos Palmares.

Nataniel Semedo da Silva
São Paulo - Brasil

Ao romper da alva os escravos trazidos da África começam mais um dia de hercúlea jornada. De costas ao sol o estalo dos chicotes ecoa na atmosfera pesada dos engenhos e na alma sofrida da mãe África do outro lado do mar. Algures nas terras do Velho Pindorama os africanos dos olhos de lince vislumbram o perigo que ronda na forma desumana do capitão do mato. Projeta -se mais um dia de crime ignóbil contra a humanidade!!!

Passaram-se os anos, passaram-se os séculos mais e mais africanos...vieram yorubas, dahomeys, bacongos, fons...veio a

África profunda arrancada das suas raízes arraigadas nas profundezas da terra. Encarando Satanás a África dançava e pulava arrancando forças das entranhas do solo. As mãos eram cada vez mais fortes e os braços de “aço enriquecido”.

E vem daí uma amotinação. E vem de lá um golpe de capoeira no seu covarde algoz. Enquanto isso, à surdina, sub-reptício que nem qualquer bicho que vive debaixo da terra o senhor do engenho de olhar esbugalhado fitava a africana pujante enquanto a libido incendiava-lhe o preparo. Feito um doido varrido pulava literalmente a cerca da Casa Grande, já dentro da Senzala, requisitava a africana musculada e femininamente bela. A senhora da corte, esta, envergonhada e pesada de cornos carregava na alma a luxúria do seu branquelo senhor.

A África de braços de “aço enriquecido” quebrava correntes, golpeava o seu pirata e sumia nas florestas reconstruindo os pedaços da sua matriz recarregando a energia guepárdica e vivendo em comunidades livres numa interajuda de formigas, aquilo que os cientistas sociais chamam hoje de mutualismo. A África crescia assim nas terras da Icamiaba Brasileira. Mais tarde essas comunidades receberam o nome de Quilombos. Ali surgiu um herói negroide chamado Zumbi dos Palmares.

A África espalhou-se depois na terra do pau brasil. E daí... daí o africano conheceu a índia, a africana conheceu o índio... e sabemos o resto da história...caboclo belo e cabocla linda, brasileiros. Entre um fidalgo europeu bêbado de desejo por uma africana densa e uma europeia morta de amores e de libido pelo nosso possante e belo africano nasceram morenos maravilhosos e morenas belíssimas. O mosaico do brasileiro pintava-se de novas matizes com cores africanas.

O coração da terra rica e fértil chamada Brasil pulava forte e vibrante. Os piratas, estes continuavam aprontando em propósitos egoístas e maquiavélicos. O Brasil continuava enchendo os olhos da gula dos assaltantes globais. Os anos e os séculos correram velozes na estrada do tempo. Então, nosso brasileiro, por amores e desamores passou a receber nomes gringos... hoje, até nomes Viking temos por aqui e, quiçá, alguns outros nomes Visigodos, Ostrogodos... É!

De tantos bárbaros e vândalos de todos os mundos que cá arribaram “vai-se lá saber”... BOM MESMO É O AFRICANO, OU NÃO? FALA SÉRIO!!!
MULHER AFRO - BRASILEIRA 
 
CAPOEIRA VINDA DE ANGOLA - ÁFRICA

ELMINA, GHANA… DE VOLTA AO PASSADO! Nataniel Semedo da Silva



ELMINA, GHANA… DE VOLTA AO PASSADO!

Nataniel Semedo da Silva


“Velhos piratas, sim, eles me roubaram;
Me venderam para navios mercantes,
Minutos depois deles me
tirarem de um poço sem fundo.
Mas minha mão foi feita forte
Pela mão do Todo-Poderoso.
(...)
Canção de Redenção (Bob Nesta Marley)

Certa ocasião um grupo de missionários relatou a visita a alguns lugares em Elmina no Ghana (África) onde a História de forma pungente fere e envergonha a humanidade de forma inexorável e indelével como uma “descida ás profundezas do inferno.” Segundo as suas crônicas o cenário macabro e terrivelmente perturbador trazia fortíssimas evocações e lembranças dos tempos onde incontáveis escravos africanos eram armazenados em lugares lúgubres e ensombradores e depois vendidos como mercadorias num negócio dos infernos.
Ossos humanos espalhados pelo chão em meio a antigos santuários constituíam e reconstruíam as marcas de crimes hediondos contra a humanidade.

Em Elmina contam-se muitas estórias do lendário vilarejo do africaníssimo Amankwakurom, da holandesa West Índia Company, do Castelo de São Jorge da Mina, de St. Jago Hill... e ainda de um andarilho planetário lusitano chamado Diogo de Azambuja. Este local constituiu-se no passado uma das bases mercantilistas europeias de pança ilastica e olhos postos nas imensuráveis riquezas da África. Ali se barganhou malandrão ouro africano á brava para depois a feitoria de Elmina comercializar milhares e mais milhares de escravos.

Um montão de vezes esta cidade foi sitiada, violentada e roubada assim como toda a África, também, a foi e ainda é pelos saqueadores globais da elite pirata. Elmina passou constantemente de mãos em mãos, umas bem mais sujas e podres que outras transformando-a, entre outras, numa das valas comuns no descampado planetário!!!

CRÓNICAS DE "ESPINHO BRANCO" OS “RABELADOS” DA ILHA DE SANTIAGO.



CRÓNICAS DE "ESPINHO BRANCO" 
OS “RABELADOS” DA ILHA DE SANTIAGO.


 Nataniel Semedo da Silva 
(JOCUM - Jovens Com Uma Missão)
“ESPINHO BRANCO” é uma comunidade bastante peculiar, onde predominam típicas casebres de palha.Escorria o ano de 1942, “quando chegaram a Cabo Verde os primeiros padres da congregação do Espírito Santo (Organização Religiosa de origem francesa) que tomaram a seu cargo e em regime de exclusividade a assistência religiosa em toda a ilha de Santiago”. Estes, conhecidos como os padres da batina branca introduziram alterações na celebração da missa proibindo determinados costumes que entraram na tradição popular e criaram raízes, formando como que uma “verdadeira infra estrutura do culto católico”. Durante largos anos o povo realizava estes atos religiosos com o apoio dos seus sacerdotes, os padres de batina preta, a quem os chamados de "Rabelados" devem uma grande fidelidade.
Estigmatizados, estes (assim como todos nós!) cabo - verdianos habitam nas montanhas e em lugares de difícil acesso onde no passado distante se refugiaram para se escaparem às perseguições e torturas a que foram submetidos, simplesmente por se terem oposto à introdução do novo sistema de ensino da religião Católica ROMANA no nosso país. Ainda hoje vêem com desconfiança alguém que lhes visita pela primeira vez (como nosso caso quando estivemos aí). Eu e o valente Jocumeiro Lino Moreira Magno (‘badiu pé ratxádu’ como eu) nos aventuramos em uma jornada inesquecível até aos famosos “Rabelados” da Aldeia de Espinho Branco em Santiago profundo, quase esquecido.Não se ouve falar desse lugarejo longínquo de gente remota e indiferente à marcha do tempo!
Ao chegarmos deparamos logo de imediato com o “líder espiritual” da “tribo”. Como um guardião de todas as entradas e saídas em eterno plantão ele se apresentou de súbito.Tentando explicar ao que tínhamos ido, o senhor Agostinho nos interrompeu com um severo ar de mistério...“Eu já sabia que veriam.Eu vi vocês (os dois) em um sonho na figura de dois bodes”.Ainda hoje fico arrepiando com esta lembrança.Os bodes a que ele fez menção remeteu-me ao Livro Bíblico de Levíticos e aos bodes expiatórios [mas com certeza não tínhamos ido parar ali naquele “confim do mundo”onde, quiçá “Judas perdera as botas” para sermos “oferecidos em libação”.Não, o sangue de Jesus Cristo tem PODER!
Vigilante, comecei a observar alguns detalhes: Vi quadros onde se via fotografias de Amílcar Cabral, António Mascarenhas Monteiro e Carlos Veiga. Nenhum retrato ou pôsteres de dirigentes coloniais do ultramar ou do regime do partido único na ocasião. As mulheres da comunidade de olhar profundo e reverencial procuravam “ler” a alma daqueles dois visitantes - “invasores” intrépidos - tentando esboçar sorrisos tímidos enquanto os anciãos permaneciam num silêncio gelado em meio a um sol cabo-verdiano para cada um!
No culto que nós assistimos leram-se trechos sem seqüência de alguns Evangelhos e Epístolas de uma velhíssima Bíblia de folhas rasgadas e frases inacabadas convidando a raciocínios no vazio e levando a infinitas interpretações. Nhô Agostinho lia pessimamente conseguindo a proeza de interpretar ainda pior. Os fiéis seguidores meneavam a cabeça, sublinhando por baixo em sinal de aprovação as “interpretações” e “sentenciamentos” do “patriarca” Agostinho.
Ainda hoje me lembro que, sem dinheiro para pagarmos a passagem de volta para a Base dos “Jovens Com Uma Missão” na então Vila de Pedra Badejo, de boleia num caminhão abarrotado de arreia que nos despejou um pouco antes de chegarmos ao nosso destino final, chegamos Vivinhos Semedo da Silva e prontinhos para outra. Afinal éramos do ramo. O jocumeiro sai e vai para a terra estranha sempre com “um propósito”, mas sem saber (e nem querer saber, por vezes!) o que lhe aguarda lá... na distância do futuro!
 
 

UM AFRICANO DE CABO - VERDE EM BAURU/SÃO PAULO


UM AFRICANO DE CABO - VERDE EM BAURU/SÃO PAULO

DISCURSO DE NATANIEL SEMEDO DA SILVA

NA ORDEM DOS ADVOGADOS DO BRASIL (BAURU-SP)
(COMEMORAÇÃO DO DIA DA CONSCIÊNCIA NEGRA)

Senhoras e senhores membros da mesa.
Distintos convidados; Excelências!

INTRODUÇÃO

Duas citações (que retratam o que muitos ignoram!):

- Count C. Volney, o renomado historiador francês, escrevendo sobre as invenções e as descobertas africanas.

“Pessoas agora esquecidas descobriram, enquanto outros eram ainda bárbaros, os elementos das artes e da ciência. Uma raça de homens agora rejeitada pela sociedade por sua pele escura e seu cabelo enroscado cimentou no estudo das leis da natureza esses sistemas civis e religiosos que ainda governam o universo”.
Leo Africanus, no início do século 16,

"(...) O rico rei de Timbuktu... mantém um magnífico e bem mobiliado tribunal...Eis aqui uma grande reserva de médicos, juízes, sacerdotes, e outros homens letrados, que são generosamente mantidos às expensas e encargos do rei. E cá são trazidos diversos manuscritos ou livros escritos fora de Barbárie, que são vendidos por mais dinheiro do que qualquer outra mercadoria ".

VIM DAS ILHAS DE CABO - VERDE/AFRICA OCIDENTAL

Entre os séculos XIV – XVIII Cabo-Verde foi um "hipermercado a céu aberto de compra e venda de escravos", um dos mais importantes entrepostos de comércio de pessoas escravizadas do continente africano.

“O facto de essas pessoas serem castigadas em público era uma pena extremamente dolorosa, mais moral do que fisicamente, porque em África não se castigava em público.” - Charles Akibodé (historiador africano do Senegal)

O TRECHO DE UM PROJETO LITERÁRIO MEU

E CADÉ O “JARDIM AFRICA?”

Citação.

“O caso dos negros no Brasil é também significativo tanto com respeito à falta de abordagem pastoral como ao carácter obrigatório tomado pelo catolicismo. Eles foram importados como escravos da África nos séculos XVIII e XIX, ás centenas de milhares. Todavia sua terrível situação jamais tocou a sensibilidade dos representantes da Igreja...Durante o período colonial, quer o indivíduo fosse caucasiano, ameríndio ou negro, era-lhe impossível funcionar sem conformar –se ao catolicismo da época. O calendário católico governava o ritmo do dia, as estações e o ano inteiro. O negro entrou neste ritmo ao lado do branco, embora subordinado a este”.
Richard Sturz, O Catolicismo Romano na América Latina do Século XIX, in “O CRISTIANISMO ATRAVÉS DOS SÉCULOS”.

Hoje, na Cidade de Bauru, no interior do cosmopolita estado de São Paulo existe um bairro chamado “Jardim Europa” e outro de nome “Jardim América”. O que não existe é o “Jardim África” ou “Jardim Oceania”. A Ásia até que nem teria que se queixar visto que há a “Praça do Líbano”, por exemplo, salvando-se assim a representatividade asiática nesta cidade. “Jardim África”, essa, estão nos devendo (ainda)...!

A BATALHA PELA VIDA EM BAURU -SP

Depois de prestar o vestibular fui tentar me matricular na FIB – Faculdades Integradas de Bauru. Antes falando com a senhora Chiara Ranieri, a filha do dono daquela instituição, eu tinha-lhe proposto trocar o curso de Idiomas (Inglês ou Francês) por minha entrada sem custos na FIB; tudo em vão!

Naquele lugar enquanto eu esperava um dos administradores meus olhos fitaram um quadro grande no murro com o nome dos alunos das turmas dos diferentes anos letivos. A maioria esmagadora dos sobrenomes era europeu (prefiro não mencionar os países), ou seja, composta por gente que em tese podia pagar a Faculdade.

Estou há onze anos no Brasil. Depois de idas e retornos acho-me novamente em Bauru com um salário mensal á prova de canhão de 1.200 reais que vem do meu trabalho como professor de Francês e Inglês para sustentar uma família de quatro pessoas.

Se calhar, como africano, a minha não integração (ainda!) plena na sociedade bauruense, diga - se, acesso aos bens de consumo de forma a trazer realização pessoal e familiar é o paradigma da inserção deficiente dos africanos e muitos afros descendentes desta cidade.

Em nome de todos os africanos residentes nesta cidade e afro descentes nativos agradeço esta oportunidade de partilhar um pouco o que me vai na alma!

Muito obrigado a todos e a todas!

Nataniel Semedo da Silva, de Cabo – Verde/África Ocidental
Teólogo e professor free lancer de Francês e Inglês

Email: prnataniel_missali@yahoo.com.br
Facebook: https://www.facebook.com/nataniel.silva.9
Blog: http://katchupatupatupa.blogspot.com.br

FUNCIONÁRIO NO SUPERMERCADO "BARRACÃO"

VENDEDOR DE ANÚNCIOS DAS PÁGINAS AMARELAS INTERNET - GOOGLE
MONITOR DE UMA ESCOLINHA DE FUTEBOL


PROFESSOR FREE LANCER DE INGLÊS E FRANCÊS

FUNCIONÁRIO DA ESQUA FORT

 
FUNCIONÁRIO DA TNT - TRANSPORTES

FUNCIONÁRIO DA ALL - AMÉLICA LATINA LOGÍSTICA





DEPLORÁVEL A IMAGEM DE CABO - VERDE NA FOTO DA FAMÍLIA AFRICANA!Nataniel Semedo da Silva

 

DEPLORÁVEL A IMAGEM DE CABO - VERDE
NA FOTO DA FAMÍLIA AFRICANA!

Este silêncio quase sepulcral com relação ao flagelo enfrentado pelos nossos irmãos do continente na Líbia é INACEITABILÍSSIMO!!!

Nataniel Semedo da Silva
(Teólogo e professor free lancer de Francês e Inglês)

“Pessoas agora esquecidas descobriram, enquanto outros eram ainda bárbaros, os elementos das artes e da ciência. Uma raça de homens agora rejeitada pela sociedade por sua pele escura e seu cabelo enroscado cimentou no estudo das leis da natureza esses sistemas civis e religiosos que ainda governam o universo”.

(Leo Africanus, no início do século 16).

Conta o mito que Europa é o nome de uma antiga princesa fenícia raptada por Zeus que a levou para a ilha de Creta onde se lhes nasceram três filhos...



Cabo-verdiano dito mulato esta Senhora da “Casa de Shem” te tem enganado que es melhor que os filhos de Omoro e de Binta da Grande e Reluzente Terra Mandinga onde nasceu o Guerreiro Kunta Kinté.

Não, não somos filhos e filhas lavados do Rio Tejo (do Vasco e “do Magalhães, no feito, com verdade, Português, porém não na lealdade...” como contou Luís Vaz de Camões in ‘Os Lusíadas). A Colombo o Mentiroso genovês, ao Pirata gaulês dos sete mares e ao ‘Crazy baldhead’ o Velhaco Mercador tisnado de Tamisa não devemos lealdade algum!!!

Mesmo se a maioria de nós não tem a tez da pele Negro Nok do sertão sub sahariano nada explica esta indiferença cabo-verdiana que não é cristão com relação ás barbaridades cometidas na Líbia. SOU FILHO DA HUMANIDADE e africano com muito orgulho e muito amor (suspiros!!!).

Cabo-verdiano, cabo-verdiana, ficares calado (a) ante o ATO II do Cativeiro Khazar é traição á tua própria História. Do fundo dos séculos a Cidade Velha de Cabo-Verde nos interpela e grita para uma tomada de posição antes que as pedras vulcânicas das ilhas clamem ao som da imensidade das águas que nos cercam!

Estou com vergonha dos meus amigos, Franck Dagba e Jean Michel do Senegal, Júnior Florentino e sua irmã Dina Sami da Guiné-Bissau, Wilfried Fanougbo do Bénin, Vincent Ddamba do Uganda e outros tantos...Um deles me disse que meu país sempre fica à margem dos grandes assuntos africanos.

Escute Cabo-verdiano, Cabo-verdiana!                                         
Do teu berço insular de alecrim, embalado pela alísia brisa marítima, à sombra do dragoeiro ornamental das ilhas liberta-te desta escravidão mental que te impõe há séculos... Corra para o abraço do teu irmão AFRICANO!!!
Vou parar por aqui (por enquanto!). Há muito para dizer!!!
São Paulo, Brasil (Madrugada do dia 26 de Novembro de 2017)
                             
                            O CALVÁRIO AFRICANO!!!