sábado, 17 de março de 2012

OS TENTÁCULOS GLOBAIS DO “POLVO ANFÍBIO”

Nataniel Semedo da Silva, cabo-verdiano residente em São Paulo, Brasil

“O mundo está suficientemente preparado para se submeter a um governo mundial. A soberania supranacional de uma elite de intelectuais e de banqueiros mundiais, seguramente é preferível à autodeterminação nacional.” David Rockfeller

“Portanto, nunca permitam que eles vos critiquem meus irmãos por vossa individualidade. E nunca deixem que eles vos desrespeitem minhas irmãs por vossa originalidade. Eu estou dizendo a vós, filhos de Deus, eles vão tentar vos mudar, eles querem um único modelo, mas nós comemoramos o Seu reino e a Sua criação com a diversidade...” Christafari; “Sistema hipócrita”

Este trecho musical dos Christafari é um autêntico “antípoda”, o extremo oposto do ideal pretendido e sentenciado pelo senhor Rockfeller e seus pares, um governo planetário. Tenho por convicção que o ethos (identidade) nacional e a singularidade cultural de um povo e seus valores devem ser inalienáveis.

Benevolente leitor (a), se isto que escrevo pode servir para reflexão e mantiver-nos em alerta máxima, queria falar dos conspiradores globais, a secreta “iluminada”, os “guardiões” do “poder e saber oculto” que em clubes e sociedades forjam e executam na sombra o mega projeto planetário da Nova (des) Ordem Mundial que (entre variadíssimos e sofisticados métodos) procuram provocar neuroses e confusão generalizada, visando o controle da psique das grandes massas populares. Por enquanto, a prudência me segreda baixinho a não dar os “nomes aos bois”, mas se se apresentar necessário, falo-ei num “mugir do touro”!

A proposta de uma cidadania planetária plena apresentada por esta Globalização é batota sofisticada. Esta New Age (Nova Era) ou “nova consciência” e seus valores como a sanguessuga é mãe de duas filhas gêmeas siameses com o mesmo nome, Me Dá e Me Dá. Em última análise é imperialista e ladra, um polvo anfíbio insaciável que devora toda a micro colónia de “pequenos peixes” e outras “bio diversidades nativas” engolindo em sua pança elástica tudo que mexe.

O atual aquecimento global é uma das crias assassinas monstras alimentadas pela ganância e egoísmo dos raptores e queimadores do mundo. Esta globalização com uma máscara sofisticada tem o sorriso de jaguar, sarcasmo de hiena e garra afiada de leopardo. Democraticamente falsa, sua essência hegemónica e corrosiva é altamente pirata e marginal. Seus mentores espirituais e seus operacionais são multi continentais, estendendo os seus tentáculos, inclusive, às nossas ilhas!

Maquiavelicamente aparenta com minúcia o que realmente não é.O “mundo global” é o “Sésamo dourado fortificado” cujas chaves estão nas mãos dos ladrões globais de elite que em volúpias financeiras vão inflacionando o nosso belíssimo planeta azul.

Esta pirataria global com os seus peões ardilosos e seus testas de ferro arrogantes (estrategos sub-reptícios) trabalham network. Tem as suas células que geram larvas e seus grupos de pressão que procuram a todo custo explorar, asfixiar e esmagar países inteiros e seus respectivos povos. Fingem que dão, mas na verdade tomam (e como tomam)!Seus “cães selvagens” com dentes de titânio enriquecido trabalham arduamente em equipe com doutrinas de choque e espanto. Trituram e chupam até o tutano o osso gordo da sopa dos meninos pobres do Hemisfério Sul. Mexem, remexem e manipulam as finanças do mundo tendo como deus o “bezerro de ouro” (imponente em Wall Street).

Cabo Verde, Cabo Verde, esta globalização é uma enorme patranha (mentira manifesta) de altíssimo nível (e acredite se quiser). Benevolente leitor (a) somos exortados e avisados a livrar-nos desta tramóia global. Permitir ou não que este “tsunami” te arraste depende de ti. Eu já escolhi o “Rio da Água da Vida”!

sábado, 10 de março de 2012

IMPÕE-SE O ADVENTO (URGENTE!) DE NOVAS FORÇAS POLÍTICAS (COM “SELO” DE CABO- VERDE E DE INSPIRAÇÃO CRISTÃ)

Por Nataniel Semedo da Silva
Pelourinho - Cidade Velha

“As cabras ensinaram-nos a comer pedras para não perecermos” Ovídio Martins

Meu Cabo - Verde magnífico, da passarinha di pena azul, da garça vermelha, do manel mangradu, da txóta di cana, da fragata, do dragoeiro, da papoila e da tamareira!

Escute do fundo dos séculos as vozes retumbantes da tua história!Sumara na tempu e repare que certa Europa prenhe de gemidos em ti se fez. Do sussurro triste dos Rios da Guiné veio a África que também es. Ribeira Grande, Cidade Velha, berço da tua sina e da tua saga! Observe os olhares esbugalhados e mercantis dos piratas da Gália e da Velha Albion que te saqueou. Velhos mercadores que roubaram o melhor da África (suspiro)!

Cabo - verdiano (a) de todos os dramas (ora, “querendo ficar e ter que partir”, ora “querendo partir e ter que ficar”!) e de todos os mundos (onde teus braços de aço abraçaram o intenso labor). Flagelado pelo Vento Leste, pela estrada atlântica, em estórias de mil partidas, também, para a América do Norte, nos baleeiros nas rotas de Colombo, pelo oceano imenso, na pesca da baleia que te levou para o outro lado do mar.

Para a Lusitânia a preencher a debandada dos lusos para a Europa rica. “José Pedreiro Ihéu” para a construção civil em Lisboa. “Mamazinha Crioula” a cuidar da italianazinha em Roma. Por decretos, em lúgubres navios rumastes a Sul para as roças de São Tomé. Ao contratador “destes o nome”, “santando a praça” em desespero de causa. Trabalhastes três, quatro anos... e recebestes entre quinhentos a cinco mil escudos no total (o “pézinho-de-meia roto” da tua paga). “Duedu na mundo”! Cabo - Verde, do teu berço épico de matriz “cristã guerreira”, escute os gritos da tua alma levadas pela correnteza sul equatorial.

Contra mar e vento, açoitado pela bruma seca, teimastes sempre! Trabalhastes a brava a bordo nos países baixos e nas suas tulipas namorando. Na grande diáspora labutastes em Cape Code, Fall River... na inevitável aventura trabalhastes nos comboios do Pacífico e garimpastes ouro na Califórnia. O trovão da guerra te levou à Guiné-Bissau. Catxupa camponesa, feijoada, arroz ku atun, djagacida e caldu péxi, grogue di sintanton, café di fogo e chá d’erva cidrera fizeram o teu “banquete” humilde.

Escute o barulho das pesadas botas dos combatentes e as salvas da tua liberdade ecoando pelos matos da Guiné - Bissau. A aurora de 1975, entretanto, esfumou-se por detrás da “cortina insular de argamassa” sob a égide do Partido Africano da Independência de Cabo Verde. Quinze (eternos!) anos de um monólogo político que cercearam a tua voz.

Cabo-verdiano (a) escute os assobios dos ventos da mudança que te trouxe o sonho de um Movimento Para Democracia. Lembras-te do cântico que se ouviu? “descendo pelas ruas antes proibidas, memórias distantes enterradas para sempre no passado. De Moscovo, Parque Gorki chegaram às ilhas do sol as rajadas de outro Leste te livrando das ‘lestadas políticas’ além Murro de Berlim. Ouve-se a música do vento trazendo melodias de versos livres da democracia”. Dir-se-ia, que o futuro estava no ar... estava ali!A bruma seca parecia querer cantar o que a gaita, o violão e o cavaquinho das ilhas transmitem da tua alma.O génio cabo-verdiano. Tua história, entretanto, continuava o seu processo. Surpreendentemente o PAICV voltou... e os anos, de novo, longos!

E agora?Repare bem, cabo-verdiano (a): instalou-se na tua terra um “maniqueísmo (dualismo) político” traduzido por uma terrível bi polarização PAICV/MPD a atingir os limites da insanidade, em meio a um redemoinho planetário carregado de incertezas.

As taças de cristal da “Boêmia global” ergueram-se para os operacionais da Nova (des) Ordem Mundial. Estenderam-se, planetário, os gigantescos braços do “polvo anfíbio multi-continental”. Vigie-o, cabo - verdiano (a). Desta tua apatia e conformismo momentâneo, os saqueadores endógenos e exógenos se alegram. Outrora, em conluios e vis negócios levaram até a tua urzela de corante violeta. Jogaram ao vento tua pequena economia insular. Pense nisso: até que os leões tenham suas próprias estórias, os contos de caça glorificarão sempre o caçador!

Repare bem, cabo-verdiano (a)! O espírito atlântico com que pacificamente abraças o mundo, também, permite que te reinventes (n vezes). Depois de as nossas cabras te terem ensinado a comer pedras, no “dia seguinte” às calças rotas e chapadas da tua pobre meninice, fintando a fome comendo cufongo, papa ku léti e bebendo óleo de fígado de bacalhau, alçarás o vôo dos pássaros livres. As lágrimas que têm descido pelo teu rosto não tiram a tua visão!Debaixo do sol das ilhas, olhe para os horizontes do teu futuro. Do teu berço de alecrim, à sombra do teu dragoeiro resistente, continue sonhando!

Deus soberano, Aquele que, antropomorficamente, tem os olhos que tudo vê e a mente que tudo pode te permite uma esperança evangélica, que te ajuda a caminhar, reinventar e crescer sempre. “Ir para cima não é fácil. Desafia a gravidade, tanto cultural quanto magnética”- Mike Abrashoff

domingo, 4 de março de 2012

MAIS UM POEMA DA MINHA AUTORIA:"LÁGRIMAS DOS CAMPEÕES!"


LÁGRIMAS DOS CAMPEÕES

Quais possantes gazelas gazuas rompendo a brasa

Desbravadores da jornada estes poetas que apaixonam

Firmando-se no ofício da escrita os guardas da casa

Lágrimas sentidas dos gigantes que também choram


Das “cortinas que chamam” transcendendo-se os heróis

Soluços molhando o verde de esperanças bem nutridas

Rompendo copiosas da alma que iluminam feitos faróis

E em outras profusões também as lágrimas incontidas


Gotas de ouro pelas faces dos campeões da estirpe real

Da tropa de elite por sobre as rodas que tem cadarço

E o cântaro quebrando-se depois junto à fonte sepulcral

Repousam-se os homens fortes da resistência de aço

NATANIEL SEMEDO DA SILVA

CIDADE DE BAURU, SÃO PAULO/BRASIL – AGOSTO DE 2011



O “CIRCO BÁRBARO” DA DEMOCRACIA CABO – VERDIANA

Nataniel Semedo Da Silva, cabo-verdiano residente em São Paulo, Brasil

“O medo dos bárbaros pode - nos transformar em bárbaros através de nossos próprios fantasmas”; Tzvetan Todorov

“A democracia não tem coração nem entranhas. A serviço das forças do Ouro é sem piedade e desumana”; Frase atribuída a Anatole France

Eia! (para alegria de alguns, claro esta,) montou-se um “circo bárbaro” na democracia cabo-verdiana, com artistas capazes de “proezas” de fazerem revirar nos seus túmulos os memoráveis democratas da Atenas clássica, Clístenes e Sólon!

Os “bárbaros da democracia”, politicamente falando, se gabam de possuirem força bruta e musculada. Estes tais violam maquiavelicamente a mesma, munindo - se de “varapaus e lanças psicológicas” de efeito.Metidos a “machões e animais políticos”, entretanto, se desnudam achando - se de calças nas mãos, apresentando - se na realidade sem colhões.De “romano” apenas (e já não é pouco!) os seus semblantes, a fazerem lembrar certos Brutus (isso mesmo, Brutus, antigo cognome usado por diversos políticos da família dos Júnios).Os tais procuram a todo o custo o acuamento dos seus adversários.Acham (acham!) que “a chutos e pontapés” e soltando impropérios e “piropos políticos” (inaceitáveis!) quase intraduzíveis, conseguem manietar o povo (afinal, o único ator na Democracia quem na verdade tem costas largas e quentes, podendo decidir).Estes tais que saqueiam a democracia alienando - a acabam na verdade tornando - se anti - democráticos.Não, qualquer semelhança com a nossa realidade cabo - verdiana, não é mera coincidência!

Quando a Democracia também se deixa transformar em um circo, existem os tais malabaristas, os acrobatas, os contorcionistas, os “equilibristas”, os ilusionistas, o palhaço (mor), entre outras figuras, que pelo “picadeiro” vão apresentando seus números e palhaçadas bárbaras. Aqui também, qualquer semelhança com a nossa realidade política atual não é mera coincidência (não mesmo)! Isto sim é também o retrato da “paródia política” vagabundeando à solta pela “nossa praça”!

Na atual “arena” do jogo (melhor, spiki!) político em Cabo Verde, vozes independentes não são bem vistas (mesmo). Eu que o diga! “Dja ka da cabésa ku um monti di kria partidarizada” no nosso país um “dualismo político” feroz.Se não fores de um lado ou do outro es simplesmente “diabolizado”.Se posicionares a favor de um em detrimento de outro, o mesmo “infortúnio” também te é reservado. Que raio de Democracia vem a ser esta?Esse dualismo (bipolarização política) significa, na prática, que “es quase que obrigado e coagido a ser do PAICV OU DO MPD”.E POR QUE TROMBA D'ÁGUA TEM QUE SER ASSIM? Por isso, é que digo e reforço, que a tão embandeirada Democracia cabo-verdiana “sa ta gatinha inda” (isto mesmo)!

No nosso país politiza - se os bairros, as ruas, as calçadas, o atestado médico, os projetos, as bolsas de estudo, as ajudas externas, a tabanka, a nossa história... faltando apenas politizar a katxupa, o grogue, o dragoeiro, a babosa, o pássaro “Manel Mangrado”, a bruma seca, o mar e a chuva!Se a democracia cabo - verdiana inclui - se no Top 30 à escala planetária, estamos então, verdadeiramente, em meio a um apocalipse global. Podem crer!

A opinião pública cabo-verdiana tem sido Stalin e maquiavelicamente torporizada restando umas manifestaçõeszitas (sempre melhor que nada!) de indignação aqui e acolá, feitos a regabofe e sem comando (engajado e comprometido com a nossa nação), sem grande efeito. Os escândalos também acontecem porque a própria democracia, por vezes, se permite vender. A nossa “se prostitui (u)”, quiçá, os seus atores alienaram-na ao ouro, ao petróleo, aos euros e aos dólares, transformando - a, assim, num “circo bárbaro”.

Impõe-se, entretanto, o absolutamente livre pensamento, desamarrando-nos nesta hora deste terrível “maniqueísmo político” cá na terra que se traduz numa malcriada bipolarização partidária (PAICV/MPD). Indo diretamente ao assunto: precisamos (e sem medo!) urgente e ingentemente “exorcizar” este nosso “fantasma de Maniqueu” e outros do nosso meio, sob pena da nossa letargia e indiferença transformar-nos em “bárbaros do conformismo e apatia” diante da presente conjuntura política da nossa nação.

Reforçando - nos nas reservas inesgotáveis da cabo -verdianidade firmemos em prosseguir o processo da evolução da nossa história como povo de alma atlântica, do pensamento independente que voa feito majestoso condor!

Nós, os cabo-verdianos (os mais íntegros!) constituímos um povo de “genes e ethos verdadeiramente democráticos” (o que nos permite reinventarmos, quantas vezes quisermos), por isso, o nosso pensamento ab initio é (e deve continuar) livre, livre! ESTOU IMBUIDO DE IMENSA FÉ EM DEUS QUE DIAS MELHORES AINDA ESTÃO POR VIR PARA A NOSSA TERRA E NOSSAS GENTES!

Electra Assi bu ta Matano


Os abusos da violenta Eletra são inaceitáveis.Isto sim é ser violento com esse povo pacífico(melhor, passivo demais)!Depois vem falar de "thugs".Acções dos thugs são as atitudes desta Eletra, potenciadoras de violência.O atual (des)governo tem nos aplicado vários "caçu bódi" ultimamente, como esses apagões e outros.Os cientistas sociais (que se prezam!)do nosso país deviam alertar o governo sobre o stress profundo no qual se encontra a sociedade cabo-verdiana, o que se não for levado a sério pode resultar em agitações sociais.Fica o alerta.Vigiemos pois!