sábado, 16 de outubro de 2010

UM MILAGRE NO DESERTO DE ATACAMA NO CHILE

O MILAGRE DO DESERTO DE ATACAMA: UM HINO DA VIDA!


Nataniel Semedo da Silva

Cidade de Bauru, São Paulo, Brasil

15 de Outubro de 2010


“A esperança é o pilar do mundo.”

Provérbio africano

Trinta e dois chilenos e um boliviano de nome Carlos Mamani “renasceram” das entranhas da terra para júbilo global, depois de uma operação de resgate de “outro mundo”, que os trouxe de setecentos metros subterrâneos para a “superfície da vida” em pleno deserto de Atacama no Chile, onde os Chinchorros deixaram múmias com mais de 1000 anos, e no lugar onde a diva pop Madonna gravou seu clip “Frozen” ( “Congelado”, em inglês).Cientistas da NASA, a Agência Espacial norte americana, operacionais da marinha chilena muito bem preparados, heróicos socorristas e um eficiente pessoal auxiliar que fizeram do Acampamento Speranza sua Base Operacional na solidão do deserto de Atacama, considerado o mais alto e mais árido do mundo, projetaram e realizaram uma galáctica operação de resgate ao qual o mundo assistiu atônito e maravilhado. Aquilo que alguns consideraram “o maior reality show jamais visto” e que rapidamente virou fenômeno mediático á escala global transformou operários anônimos em emblemas internacionais de coragem e heroísmo. Os chilenos saíram ás ruas, e encheram suas embaixadas á volta do planeta numa autêntica celebração da vida, festejando com extrema emoção e alegria contagiante cada resgate, com sabor á chegada ao mundo de um recém nascido. Menos de um ano depois de um violentíssimo terremoto que aterrorizou o Chile e teria mexido com o próprio eixo da terra segundo alguns especialistas, os chilenos desta feita celebraram e exaltaram com um patriotismo apaixonado, um hino da vida. Incrível demais para ser verdade, e verdadeiro demais para ser apenas incrível, aos olhos do mundo, o Chile passou a imagem de uma nação e de um povo muito maior que a mítica Fênix, um gigante que nunca se prostra e se reinventa inabalável depois de cada golpe, de cada surpresa da natureza, e agarra a própria vida pela garganta, depois do sofrimento pungente e quase indescritível. A poderosa energia que o Chile passou para todo o planeta foi uma belíssima nota da música da vida, que se cantou ao descampado, mesmo no vislumbre do escuro vale da sombra da morte. O trabalho, o labor, mesmo diante dos obstáculos da vida saiu como sempre glorificado, onde chefes de família, alguns ainda muito jovens enfrentaram as vicissitudes e os desafios da existência, suando a alto preço, procurando trazer o pão para casa, quando de repente a mina “caiu-lhes em cima”. Eu mesmo reinventei-me e “renasci” depois desta “mensagem” sublime dos bravos chilenos e do jovem boliviano, símbolos de gente simples, mas valente diante dos embates e refregas do dia a dia. Agora, mais do que nunca, quero muito conhecer o Chile e também a Bolívia e os seus povos. Para mim seria demasiado lisonjeiro e uma elevadíssima honra poder apertar as mãos de cada um desses mineiros guerreiros e épicos, dignos “personagens” das epopéias homéricas, e que de maneira hercúlea desafiaram o vácuo e a morte e escreveram com vida (!) seus nomes na galeria dos heróis nacionais e internacionais. “Chi, Chi, Chi, Le, Le, Le...” transformou-se também em meu grito de guerra na saga quotidiana. Do primeiro homem, Mário Sepúlveda, que entregou o corpo ao manifesto como “experimento” de um resgate de altíssimo risco; ao último mineiro, Luis Ursúa Iribarre, carismático até a ultima gota de suor, o Chile, a Bolívia e o mundo podem e devem se orgulhar, e com todos eles aprender que jamais se deve render resignado ante as vicissitudes de nenhum capricho ou cataclismo desta vida. Do Acampamento Speranza, em pleno deserto de Atacama, para as magistrais crônicas, líricas, contos épicos, canções de júbilo e odes ao patriotismo e á vida que permanecem perenes na memória coletiva universal, estes “bravos da mina de São José” marcaram no coração da humanidade, seus nomes para a posteridade. “Chi, Chi, Chi, Le, Le, Le... viva Chile! E também viva a Bolívia, e acima de tudo viva a vida! Nem mesmo o senhor Barack Obama, nem David Villa, jogador do Barcelona, cuja família trabalhou em minas durante gerações seguidas, e um dos heróis espanhóis da Copa do Mundo da África do Sul, nem ninguém ficou e será o mesmo diante do “ milagre do deserto de Atacama”: um portentoso hino da vida.A história registará para sempre nos seus anais esses bravos mineiros, os gigantes vivos de Atacama, silenciosamente observados e aplaudidos de pé pelo “Ojos Del Salado” um imponente vulcão da região, pelos gêiseres, pelas lagoas, vales, canyons ... e por todos nós.Atacama agora, é muitíssimo mais famosa!

2 comentários:

  1. oie quando me entregou aquele pedacinho de papel eu não tinha noção da grandiosidade disso tudo aki, amei esse blog e com certeza serei figurinha constante, e no que depender de mim muitas pessoas saberão do seu trabalho,quem te ve la no nosso trabalho não imagina o quão especial é o trabalho q vc realiza aki...
    Deus te abençoe grandemente muitas bençãos pra ti q pra tua família linda.....

    ResponderEliminar
  2. Oi Andreia muito obrigado pela visita.Este blog também é seu(de todos)!

    ResponderEliminar