MEU ELOGIO AO TRABALHO!
Nataniel Semedo Da Silva
“(...) Em fadigas obterás dela o sustento durante os dias da tua vida” Génesis 3: 17 b
“A recompensa - terra para lavrar, água para irrigar, tâmaras para colher e pastos para a criação - fixou o homem à terra” Pinsky, 1994
Comecemos pelo princípio de tudo, in illo tempore, quando um Hinário da humanidade chamado Salmos dissertou sobre o Trabalho como sendo os Elevados Atos de Deus. Se fosse possível pessoalizar oTrabalho, de forma simbólica, poética e metafórica lho descreveria, mais ou menos assim: “Certo senhor de mãos calejadas e fortes parecendo uma tenaz rompera-se de súbido do meio das incidências do tempo caminhando por uma campina verdejante transpirando potes depois de um dia de labor abnegado. Seus trajes campesinos e seu cajado reluzente evidenciavam, também, um pastor dedicado e bem sucedido. Quando não se ocupava construindo tendas para aumentar o seu erário ia pescar rio abaixo ou construía fornos solicitados pelos padeiros da vizinhança. Este senhor multi tarefas, entretanto, possuía inúmeros outros dons que faziam dele um óptimo partido para as mulheres que por ele morriam de amores na medida em que o engenho da sua mente e suas mãos industriosas constituíam uma “fonte inesgotável de riquezas”.Passaram-se anos e mais anos e este milenar senhor continuava laborioso como sempre!
O Trabalho falando de si, talvez se apresentasse assim: “Nosso nome é trabalho. Somos a energia que gira gira gira como uma roda e nunca pára.Isto nos traz para o aqui e para o agora, para o concreto de lugares ora inóspitos ora com o frescor dos vales verdejantes, ambos, carregados de transpiração e também de inspiração.Somos a Força, o Mutualismo, o Poder, a Eficiência e a Eficácia.Somos o Labor, a Labuta, o Cansaço ... a Refrega eterna lavada de suor que a busca incessante do ganha pão envolve. Entre muitos e muitos outros somos também pedreiro, agricultor, ferreiro, músico, artesão, ourives, poeta... bem!Somos simplesmente o eternamente jovem-senhor Trabalho.
Conta a Bíblia que certa vez determinado “senhor Intrusão”, também chamado Pecado, sugerido e persuadido por uma Serpente astuta e letal... este senhor Intrusão, dizia, um marginal suicida e homicida sem jamais ter sido convidado para a “festa do Éden” lá conseguiu adentrar o Jardim da Pureza e da Perfeição.Daquele dia em diante e por causa da desobediência daqueles que não deviam desobedecer, o “senhor Intrusão”, ladrão, mentiroso e usurpador mor fez com que muita coisa fosse alterada.O que parece estranho em tudo isto é que o próprio Deus permitiu que o tal Intrusão desvirtuasse aquele Majestoso Jardim.Então ao homem, Deus sentenciou: “Em fadigas obterás da terra o sustento durante os dias da tua vida”.
Escutemos! O Trabalho é benção e nunca maldição. Procedeu de Deus (com uma certa ironia!) nascendo com a Sua permissão como se depreende e como apraz verdadeira e realmente!Estas linhas seriam o meu humilde elogio ao senhor cavalheiro da estirpe dos campeões que transporta consigo um manto de dignidade. Chovendo e ventando enquanto se ouve o preguiçoso cântico das cigarras contrastando com a refrega incessante das formigas de sol a sol agiganta-se e evidencia-se, naturalmente, um senhor com a insígnia de vitória. Seu nome é Trabalho!
sexta-feira, 25 de maio de 2012
*NESTE DIA DA ÁFRICA VAI A MINHA HOMENAGEM.
*NESTE MEU POEMA "ZEBRA" SIMBOLIZA A ÁFRICA
ZEBRA
Corre Zebra, corre que há fogo cruzado e balas perdidas.
Corre Zebra pujante que há muitas minas escondidas.
Corre sem parar e leva contigo a África do Sul e o Sudão.
Correra sem parar desde Timbuktu fugindo aos predadores.
Vai Zebra, vai que há para ti um lugar no prado.
Vai Zebra de pelagem ás riscas a galope de brado.
Vai sem parar e leva contigo a Etiópia e a Eritreia.
Viera riscando a selva com uma bandeira de xadrez.
Corre menino de Elmina, corre e chega à escola.
Corre menino da Várzea, corre e leva a tua sacola.
Corre sem parar desde Djibouti no lado oriental.
Correra sem parar trazendo mensagens de Zanzibar.
Zarpou a Zebra vencendo Kalashnicovs e toda argola.
Zarpou a Zebra levando na vontade toda Angola.
Zarpou a Zebra levando uma bandeira verde.
Zarpara levando na alegria todo Cabo Verde.
Vai menino de Aksum, vai que há para ti um lugar ao Sol.
Vai mulher do Sul, vai que Calaari e Kilimanjaro são seus.
Vai sem parar oh filho do belo “José” tecelão e sáfaro.
Viera a Zebra trazendo ás costas todo Zimbábue.
A Zebra percorreu o Ghana com toda gana vindo da Núbia.
Chegara do Madagascar e chegou à Mauritânia seguindo pra Líbia.
E a Zebra zarpou do Kênia com as bênçãos do grande Jabal.
Zarpou e chegou à Guiné-Bissau acenando Comores do outro lado.
Zarpara veloz do Rwanda vencendo mil colinas de neve vermelha.
Corre Zebra, corre portentoso desde o Cabo da Boa Esperança.
Corre Zebra, corre vigoroso e leva contigo toda a Argélia.
Corre levando contigo a bandeira verde da esperança.
Corre levando contigo a Namíbia e chega à Tunísia.
Correra de Serengeti provocando ilusão de óptica nas hienas.
A Zebra correra todo o Sahara...e tinha vindo do Lago Vitória.
Correu e chegou à Somália fugindo a estranhos “Ninrodes”.
A Zebra zarpara da Suazilândia, Seichelles, Maurícias e Reunião.
Zarpou e chegou ao Egipto do ex governador Zafenate-Paneia.
A Zebra correra ouvindo canhões ferozes e doces músicas de banza.
Correu, saltou, cortou a meta e parou pra rever o prado e a Casa.
A Zebra parou e viu ouro; zebrou e na real unidade celebrou.
A Zebra parou e viu diamante; ziguezagueou e na vitória jubilou.
A Zebra parou e viu petróleo; rodopiou e em danças se encantou.
A Zebra da alegria chamou o mundo todo pra festa de arromba.
(...) Sonhei que na Casa da Zebra calaram-se os trovões da guerra.
Na Casa da Zebra onde se desencontraram os rios da concórdia.
Na Casa da Zebra onde se ergueram os ídolos da discórdia.
No prado da Zebra onde do bolso africano tanto roubaram.
No prado da Zebra onde os manos na ira se desentenderam.
(...) Sonhei que na Casa da Zebra todos celebravam a paz.
E a mamã África acordou, renasceu e abraçou o globo.
E a mamã África já não trazia as manchas vermelhas.
As cores da África eram o branco da paz e o azul do perdão.
A grande Zebra surprendeu e renasceu com ela toda a África.
NATANIEL SEMEDO DA SILVA
HOJE É DIA DA AFRICA.VAI ESTA BELÍSSIMA MÚSICA de Toto Colugno - Africa
Africa / Toto Colugno
I hear the drums echoing tonight
But she hears only whispers of some quiet conversation
She's coming in 12:30 flight
The moonlit wings reflect the stars that guide me towards salvation
I stopped an old man along the way
Hoping to find some long forgotten words or ancient melodies
He turned to me as if to say
"Hurry boy, it's waiting there for you"
It's gonna take a lot to drag me away from you
There's nothing that a hundred men or more could ever do
I bless the rains down in Africa
Gonna take some time to do the things we never had
Oooh
The wild dogs cry out in the night
As they grow restless longing for some solitary company
I know that I must do what's right
As sure as Kilimanjaro rises like Olympus above the Serengetti
I seek to cure what's deep inside
Frightened of this thing that I've become
It's gonna take a lot to drag me away from you
There's nothing that a hundred men or more could ever do
I bless the rains down in Africa
Gonna take some time to do the things we never had
Oooh
Hurry boy, she's waiting there for you
It's gonna take a lot to drag me away from you
There's nothing that a hundred men or more could ever do
I bless the rains down in Africa
I bless the rains down in Africa
I bless the rains down in Africa
I bless the rains down in Africa
I bless the rains down in Africa
Gonna take some time to do the things we never had
Oooh
TRADUÇÃO
Eu ouço os tambores ecoando esta noite
Mas ela ouve somente murmúrios de alguma conversa quieta
Ela está chegando no vôo das 12h30
O luar nas asas reflete as estrelas que me levam à salvação
Parei um senhor no caminho
Esperando encontrar palavras esquecidas ou antigas melodias
Ele virou-se para mim como se fosse dizer
"Depressa, rapaz, ela está aguardando lá por você!"
Vai ser preciso muito para me arrastar para longe de você
Não há nada que cem homens ou mais poderiam fazer
Eu abençôo as chuvas na África
Vai levar um tempo para fazermos as coisas que nunca fizemos
Uuuhh
Os cães selvagens uivam na noite
Ficam cada vez mais impacientes, querendo um companhia solitária
Eu sei que devo fazer o que é correto
Como o Kilimanjaro eleva-se como o Olimpo acima do Serengetti
Eu tento curar o que está bem no fundo
Assustado com esta coisa que me tornei
Vai ser preciso muito para me arrastar para longe de você
Não há nada que cem homens ou mais poderiam fazer
Eu abençôo as chuvas na África
Vai levar um tempo para fazermos as coisas que nunca fizemos
Uuuhh
"Depressa, rapaz, ela está aguardando lá por você !"
Vai ser preciso muito para me arrastar para longe de você
Não há nada que cem homens ou mais poderiam fazer
Eu abençôo as chuvas na África
Eu abençôo as chuvas na África
Eu abençôo as chuvas na África
Eu abençôo as chuvas na África
Eu abençôo as chuvas na África
Vai levar um tempo para fazermos as coisas que nunca fizemos
Uuuhh
By Cristiano Bohessef
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